Andrada, ex-goleiro do Vasco, às voltas com problemas judiciais
O ex-goleiro argentino Edgardo Andrada, que entrou para a história do futebol por sofrer o milésimo gol de Pelé quando jogava pelo Vasco, foi convocado a depor perante um juiz que investiga o sequestro e assassinato de dois guerrilheiros durante a ditadura argentina. De acordo com fontes judiciais, o ex-ditador Reynaldo Bignone, último presidente do regime militar que governou o país de 1976 a 1983, também está envolvido no caso. O juiz Carlos Villafuerte Ruzo deve interrogá-lo na próxima quarta-feira.
O nome de Andrada como suposto participante do sequestro dos militantes Osvaldo Cambiasso e Eduardo Pereyra Rossi em 1983 foi apresentado à Justiça pelo ex-agente de Inteligência Eduardo Costanzo. O ex-agente declarou há três anos que o ex-goleiro havia participado da operação ilegal que sequestrou os militantes na cidade de Rosário. Os corpos de Cambiasso e Pereyra Rossi apareceram três dias depois na cidade de Zárate, e o governo ditatorial atribuiu suas mortes a confrontos armados.
Os organismos de direitos humanos de Rosário suspeitavam que Andrada havia colaborado com a ditadura e há muito tempo pediam sua demissão do clube Rosario Central, onde há até poucos dias trabalhava nas categorias de base. Andrada foi goleiro do Rosário Central de 1960 a 1969, ano em que foi contratado pelo Vasco, onde jogou por sete anos. Além disso, defendeu a seleção argentina em 20 partidas.
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