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Análise: Vasco tropeça contra o Brasil-RS

ANÁLISE: PEDRO ICARO

VASCO TROPEÇA NAS PRÓPRIAS PERNAS

É inacreditável a arte que o Vasco tem de se prejudicar em partidas que tem tudo pra vencer e deixar a tranquilidade reinar, era um jogo em casa, contra uma equipe que está na zona de rebaixamento, e a chance de ouro pra emplacar mais uma vitória e se aproximar de vez do G-4. O resultado: empate amargo com sabor de derrota, Vasco 1 X 1 Brasil de Pelotas.

O Vasco fechou o jogo com a incrível marca de 76% de posse de bola, fazendo um paralelo com o jogo anterior, contra a Ponte, nesses dois últimos jogos o time evoluiu nesse quesito, em ser propositivo. Só que diferentemente do jogo passado, foi pouco eficiente nas ações, muita posse, um bom número de finalizações, mas muitos gerados nessa partida, de forma desorganizada, no abafa. O Vasco ousou de cruzamentos pra área e se afastou de jogadas construídas pelo chão, tá certo que o Brasil dificultou fechando a marcação, mas isso não é justificativa.

A variação de jogo bem interessante contra a Ponte, ficou presa na compactação defensiva do Brasil, as movimentações foram bem menores do que o jogo anterior, nesse jogo parecia previsível algumas ações. Lisca vem tentando implementar, mas o time ontem não teve uma atitude de vencedor, pra definir o placar logo na etapa inicial.

Não é de hoje que destaco que a transição defensiva do Vasco é um perigo, e mais uma vez foi nítido que o Vasco sofreu, quando avançava com muitas peças ao ataque e tinha que recuperar depois.

O Vasco peca também pelo nervosismo, em alguns momentos observamos um pane no sistema de alguns atletas, o peso emocional pela pressão por bons resultados que vai se intensificando a cada dia, vimos ontem no pênalti perdido por German Cano, e pela saída de bola horrorosa que foi feita por Vanderlei, no gol do Brasil, o Vasco deu o gol de bandeja para o adversário. E aí, o nervosismo aumentou de vez.

Com o placar adverso, a tática foi sumindo e a pressão desenfreada pelo desespero de igualar foi crescendo. Sorte que tinha um Daniel Amorim no fim, pra não deixar ” pior ” a situação, mas repito: um empate amargo com sabor de derrota.

Não destaquei a arbitragem, justamente para o torcedor vascaíno observar que o problema é muito maior, e não foi uma justificativa para o jogo abaixo, porém deve ser considerada com carinho, mas não cabe a mim dar um veredicto.

O Vasco não pode ter mais erros fatais e precisa parar de tropeçar nas próprias pernas. Em muitos jogos, o Vasco perde para si mesmo.

Fonte: Universo Vasco