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Análise: Vasco precisa mostrar que tem plano de voo para a Série B

A derrota para o Fluminense era esperada, não serve para determinar nada a respeito do Vasco, faltando pouco mais de um mês para a estreia na Série B. Os últimos jogos sim, trazem um questionamento importante para a competição que realmente importa no ano: qual é o plano de voo do cruz-maltino para retornar à primeira divisão?

Ele ainda não ficou claro. Qual é a virtude que o Vasco pretende explorar para vencer as partidas e somar os pontos necessários. É a solidez defensiva? É um jogo mais físico? É a saída rápida no contra-ataque? Atualmente, o jogo do Vasco se baseia no meia Nenê. Quando ele consegue jogar, o Vasco tem uma brisa de inspiração. Quando não, é um deserto de ideias.

A falta de opções no elenco é um problema evidente, que só deve ser remediado com a entrada dos R$ 70 milhões da 777 Partners. Mas ainda assim, com outras despesas que o Vasco precisa quitar com esse montante, não haverá essa fartura toda para contratar reforços. O Vasco precisará ser cirúrgico. Mais do que isso, o Vasco precisará ter uma ideia de jogo consolidada, uma proposta clara para quando receber esses jogadores.

Não é permitido para o Vasco esperar apenas a janela do meio de ano, quando poderá contratar reforços, para encontrar uma identidade, uma ideia do que é preciso fazer para vencer os jogos. A Série B começa em abril. Quando junho chegar, o time estará já caminhando para o final do primeiro turno da competição.

Está meio óbvio que o Vasco de Zé Ricardo não vai jogar com a bola em 2022. Isso não é um problema a partir do momento em que o time souber exatamente o que fazer com ela quando a tiver. A falta de jogadas pelas laterais é um problema que pode ser remediado com a insistência em Riquelme. Ou então com mais treinos e jogos com um esquema de três zagueiros, transformando assim os laterais em alas.

Raniel vive boa fase, mas é preciso que a bola chegue até ele. Nenê é capaz de desequilibrar na bola parada ou perto da área, mas não consegue jogar com intensidade para recompor na marcação, o que obriga o Vasco a ter mais jogadores que compensem essa carência do camisa 10.

Fonte: Globo Online