Basquete: Marquinhos projeta temporada e desabafa sobre desgaste físico
Presente em 16 das 17 edições do NBB, Marcos Vinicius Vieira de Souza, ou simplesmente Marquinhos, chegou para a estreia de sua última temporada no basquete bem longe do clima de despedida. Cestinha do Vasco da Gama no clássico contra o Flamengo, no último sábado, o ala explicou sobre a decisão de sua aposentadoria ao fim desta temporada e comentou sobre seu papel dentro da equipe e os planos futuros.
- É um pouco difícil porque, nós, como atletas, queremos sempre superar o corpo. A gente acaba renunciando a um monte de coisa para estar em quadra, mas chega uma hora em que a conta pesa. O lado físico falou muito mais alto, acordar e não conseguir sair da cama. Tenho muita dor, acho que esse foi o indicativo para saber que era a hora de parar - explicou Marquinhos, que trabalhou como comentarista de basquete do sportv durante as Olimpíadas.
Maior pontuador do Vasco no clássico de estreia da competição, com 14 pontos contra o Flamengo, o ala não escondeu a insatisfação pela derrota na partida por 50 a 59, no ginásio do Tijuca Tênis Clube, neste sábado (12), e prometeu uma volta por cima da equipe.
- Acho que foi uma partida muito abaixo, não só minha, mas do time também. Foi fora da curva. A gente tem peças importantes que acho que vão conseguir suprir a diferença do ano passado para este. Então, com certeza vamos melhorar muito durante o campeonato e vamos pegar o entrosamento necessário - disse.
O carioca foi contratado pelo Vasco no retorno da equipe ao torneio, na temporada 2023/24. O convite teve um significado especial, pois apesar de ter passado a maior parte de sua carreira no Flamengo, por nove temporadas, o atleta já havia jogado pelo Cruz-maltino em 2003, quando disputou o Brasileiro.
Marquinhos comentou o significado pessoal de fazer sua despedida das quadras pelo time e lembrou de quando Hélio Rubens - ex-técnico da seleção brasileira e pai de Helinho, técnico do Franca - o recebeu na equipe e o incentivou no esporte.
- O Vasco foi uma equipe que eu pensei com carinho porque, lá no começo, o Helio Rubens (ex-Vasco e ex-seleção) acreditou em mim, me deu uma minutagem boa. Então, eu estava pensando em voltar pra casa, tenho vários amigos ali no clube, o Gegê, o Léo, o Humberto, o Gustavo, por isso, pensei com carinho e optei por aceitar essa oportunidade de jogar em casa - contou.
O anúncio da aposentadora, na última sexta-feira (11) não foi exatamente uma surpresa para a equipe, que já acompanhava o questionamento do atleta sobre uma possível hora de parar. Depois de tomar a difícil decisão, Marquinhos entendeu que seria interessante jogar uma temporada final, para se despedir em pequenas doses de cada lugar que passou.
- Eu já estava naquela de 'continuo ou não continuo'. Então, pensei: 'acho que é o momento de eu voltar para mais uma temporada, passar em todas as quadras em que eu atuei pelo NBB, as praças pelas quais tenho muito carinho, e fazer um agradecimento por tudo que o basquete me deu' - relembrou.
Marquinhos começou a jogar basquete aos 12 anos, na escola. Destaque no esporte desde cedo, ele foi convidado a treinar no Monte Líbano, na capital paulista. Depois de três anos, seguiu para o Corinthians, equipe pela qual fez sua primeira cesta. Com passagens pela seleção brasileira e pela NBA, hoje, aos 40, o carioca coleciona recordes no NBB. Além de ser o segundo maior pontuador da história, o ala foi o único jogador a ser eleito MVP em três temporadas.
Quando questionado sobre a importância de sua longa experiência de quadra para os colegas de equipe, Marcus se diz inspirado e privilegiado por poder jogar ao lado de atletas de diferentes gerações.
- Acho que a vontade deles de vencer é o que me cativa e me dá vontade de acordar no dia seguinte ao jogo, treinar, seguir a rotina. Acho que é pegar um pouco dessa energia para tentar ajudá-los nesta temporada e para eles me ajudarem também, de repente, a chegar a uma semifinal ou final de campeonato - disse, animado.
Ainda com muitas partidas de despedida pela frente, Marquinhos ainda não sabe exatamente não definiu os planos para depois de sua despedida. No entanto, o atleta deixou pistas sobre um possível rumo. Após ter trabalhado como comentarista de basquete durante as Olimpíadas de Paris, o ala pensa sobre uma possível continuação no esporte, porém fora das quadras.
- Tive uma experiência nas Olimpíadas que jamais esperava e foi uma coisa que gostei muito de fazer. Trabalhei ao lado de Dinei, Marcelinho, Pedro Maia, foi legal demais. Quem sabe? É uma porta que está aberta. No futuro, de repente, penso nisso - contou.
Fonte: ge
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