Futebol

Amaral quer superar desconfiança da torcida

O Vasco pode garantir hoje a vaga antecipada para a semifinal da Taça Guanabara se vencer o Cabofriense, às 19h30, em São Januário. No duelo, a equipe de Dorival Júnior terá em campo dois antigos desafetos da torcida que querem aproveitar o clima de solidariedade da arquibancada para tentar melhorar a imagem rumo à reta final do primeiro turno. Um deles é o zagueiro Vílson, remanescente da campanha do rebaixamento, que entra no lugar de Titi, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O segundo é Amaral, que segue titular absoluto, apesar da desconfiança dos vascaínos.

– O Dorival sempre me deu muita força – comentou Amaral, que só voltou do empréstimo ao Grêmio por insistência do treinador. – Eu o conhecia desde o Jundiaí, o que nos aproximou. Estou me firmando no time e espero fazer uma grande temporada.

Mesmo afirmando que sua família estava bem adaptada em Porto Alegre, Amaral disse que ficou seduzido com o projeto do clube e por isso voltou. O que ele e Dorival não esperavam era a hostilidade de alguns torcedores. Até mesmo no dia da apresentação oficial do elenco, em uma festa em São Januário, ele não foi poupado das vaias. Críticas que se repetiram na vitória por 3 a 1 sobre o Duque de Caxias. Quando o Vasco vencia por 1 a 0, o volante perdeu o tempo da bola e furou na entrada da área, o que acabou resultando no gol de empate do adversário.

– Eu entendo a torcida, eles pagam ingresso e têm todo o direito de aplaudir ou de vaiar, principalmente na hora em que a gente erra – ponderou. – Não precisa me aplaudir, desde que a torcida não deixe de apoiar meus companheiros.

Demonstrando confiança, Amaral reconhece as falhas, mas espera conquistar os desafetos exibindo um bom futebol.

– Errar é normal, por mais que a gente tente evitar. Mas o pessoal me conhece muito bem e eu sei do que sou capaz de render – disse com firmeza o volante, que raramente é visto sorrindo em São Januário.

O jeito sério e o semblante constantemente fechado fazem com que o jogador seja alvo de muitas brincadeiras. Até mesmo a sua mulher, Débora, quando o conheceu também achou que ele tinha cara de pouquíssimos amigos.

– Fico muito concentrado na hora do meu trabalho. Todo mundo diz que tenho cara de mau, que sou bravo, mas não sou assim. Só não brinco dentro de campo – garantiu.

Fonte: Jornal do Brasil