Alex Evangelista diz que processará Campello após acusações do presidente
O ex-gerente científico do Vasco, Alex Evangelista, decidiu processar o presidente Alexandre Campello por causa das declações feitas em uma entrevista ao canal "A Voz do Vascaíno". Nele, Campello afirma que o ex-funcionário, que atualmente trabalha no Urawa Reds, do Japão, retirou do clube cerca de R$ 500 mil em equipamentos do antigo Caprres, além de ter levado a banco de dados dos atletas. Alex Evangelista nega.
O fisioterapeuta disse estar ofendido com a acusação. Ele alega que levou apenas seus aparelhos pessoais portáteis, que utiliza desde que trabalhava no Botafogo. Os equipamentos maiores foram conseguidos pelo Vasco, ainda na gestão anterior, em regime de comodata, e que, após sua saída do clube, as empresas optaram por retirá-los.
- Já acionei meu advogado e vamos entrar com uma ação. Calúnia e difamação. Eu tenho toda documentação. Quando cheguei ao clube, não tinha nem agulha para dar injeção nos atletas. Começamos do zero. Eu trouxe parceiros.
Fizemos o esquema de comodata com as empresas. Quando saí, elas retiraram os equipamentos. Até solicitei que mantivessem, conversei com Dr Celso (Monteiro, então vice médico), mas as empresas julgaram conveniente retirar.
Alex Evengelista também negou ter omitido e levado embora o banco de dados do elenco. O ex-gerente científico disse que sempre compartilhou as informações e que, ao deixar o Vasco, não conseguiu ser ouvido por Alexandre Campello.
- Quando recebi o convite para sair, fui ao Dr. Celso e expliquei, me coloquei à disposição para fazer um relatório completo dos jogadores e dos equipamentos. Não fui atendido pelo presidente. Fui embora. Fiz uma cópia, como sempre faço nos clubes onde trabalho. Todos os funcionários recebiam os relatórios. Depois que percebi que ninguém dava importância, resolvi sair.
Desde a campanha Alexandre Campello nunca escondeu que não gostava do conceito de como o Caprres era gerido de forma centralizadora, segundo ele. Evangelista disse que desde o início da nova gestão teve problemas de comunicação.
- Nos três anos em que estive no Vasco, recebi propostas e não fui embora porque acreditava no projeto. No início de 2018 percebi que não havia uma boa vontade do Campello com o conceito do Caprres. Não tive chance de diálogo, nunca me chamou para falar da situação dos atletas - finalizou.
Confira o que afirmou Campello ao canal "A Voz do Vascaíno":
"Sempre disse que não me agradava a metodologia centrada em uma única pessoa. O conhecimento deve ser disseminado. Estava tudo muito concentrado no Alex Evangelista. Quando ele saiu do Vasco, levou uma série de equipamentos que ele alegava serem dele. Em torno de R$ 500 mil em equipamentos. Hoje estamos tendo que repor tudo isso, e temos feito. Não foi verificado dentro do clube as notas fiscais destes equipamentos. Entendi que de fato deveriam ser dele".
Fonte: ge