Alecsandro pensa em aposentar a careta em homenagem a Lela
Contra o Atlético-PR, gol e careta. Contra o Coritiba, outro gol e uma nova careta. A comemoração de Alecsandro, em homenagem ao pai Lela, que eternizou o gesto justamente pelo Coxa, rival na final da Copa do Brasil, poderia virar sua marca registrada. Mas na verdade ela está com os dias contados. Brincalhão, o camisa 9 do Vasco se disse uma pessoa muito descontraída e admitiu que não gosta muito de chegar em casa e ver uma foto sua mandando careta para os torcedores.
- Não gosto muito da careta. Essa, inclusive, pode ser a última. Depois eu olho na televisão e fica feio. É uma careta mesmo. E eu sou um cara alegre e descontraído. Fazer careta para os outros é algo estranho para mim. Vou deixar para os jogos especiais - afirmou.
Alecsandro disse que não tinha premeditado a careta desta vez. Mas o gol estava vivo na sua cabeça. O atacante revelou que conversou com o seu pai e garantiu que iria marcar um gol hoje. Só que a comemoração surgiu apenas em campo, já que havia uma certa preocupação com a reação da torcida do Coritiba. No entanto, ele acredita que ninguém no rival vai pensar em desrespeito já que o carinho pelo clube é sincero.
- O que está na história ninguém pode apagar. Eu sou grato ao Coritiba e o meu pai também. Durante muitos anos o Coritiba foi responsável pelo nosso prato de comida, foi quem nos manteve e quem nos colocou no futebol. Tenho certeza de que ninguém vai encarar como desrespeito - afirmou.
Felicidade e desabafo por não ter recebido cartão
Na primeira vez que homenageou o pai, contra o Atlético-PR (veja os gols ao lado), na Arena da Baixada, o árbitro Wilton Pereira Sampaio (DF) encarou a careta como provocação e o puniu com cartão amarelo. Foi o terceiro na Copa do Brasil e ele acabou perdendo o jogo de volta. Em São Januário, assistiu à decisão no meio da torcida e escutou diversas reações. Durante os momentos difíceis, torcedores disseram que ele não deveria ter feito a careta para evitar o cartão. O camisa 9 lamentou voltou a lamentar o comportamento do árbitro na ocasião e fez um desabafo.
- Comemorações como essa deixam o futebol bonito. Antigamente, os torcedores mostravam ansiedade para ver como o Viola e o Paulo Nunes, que já jogaram por aqui, iriam comemorar os seus gols. Hoje nós estamos sendo inibidos de comemorar. De repento nós corremos para o lado da torcida adversária e acham que é para provocar. Já é difícil marcar e agora também é difícil comemorar. Sempre encaram como provocação - lamentou.
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