Alecsandro exalta apoio de Felipe e união do grupo do Vasco
Contra o Aurora, Alecsandro viveu o auge de sua crise com a torcida vascaína. Após perder um gol feito, o Vasco sofreu um contra-ataque e levou o empate. Foi a senha para as vaias e xingamentos serem gritados a plenos pulmões. No mesmo instante, Juninho Pernambucano pediu para os torcedores pararem. No dia seguinte, após a goleada por 8 a 3 que teve a volta por cima com dois gols do camisa 9, Felipe foi mais um a pedir publicamente para que a torcida não perseguisse mais o atacante. As reações emocionaram Alecsandro, que agradeceu aos companheiros.
- Nosso grupo é muito amigo. Quando estavam pedindo a minha saída, vi o Juninho levantando a mão para o torcedor. Vi ali um gesto de grupo. O Leandro falou em campo que confiava em mim, que eu iria fazer um gol... Depois teve o Felipe na coletiva... É um grupo que se gosta e está onde está por causa disso. Não temos vaiade, temos o mesmo objetivo. Eu queria agradecer as palavras do Felipe aqui. Jamais vi isso em outros clubes. Ele acabou comprando uma briga minha. Foi uma atitude não só de homem, mas de um grande líder - afirmou.
Alecsandro lembrou que as vaias são algo comum no futebol. Até mesmo no Vasco, hoje jogadores intocáveis como Romulo e Felipe chegaram a ser vaiados no início da temporada. Na visão do camisa 9, apenas Dedé, Fernando Prass e Juninho Pernambucano seguem sem receber vaias. Em outros clubes, ele citou exemplo de Luis Fabiano que já sofreu com a ira dos torcedores do São Paulo. A situação incomoda e ele quer fazer de tudo para mudar isso.
- Não foi a primeira vez, mas espero que seja a última. Torcedor é movido por paixão. Então temos que entender. Eu entendo, fui torcedor um dia, mas não aceito. Todo jogador quer ter seu nome gritado e ser ídolo. Não é fácil usar a camisa nove de um time como o Vasco, mas já ajudei e vou fazer de tudo para ajudar o clube a conquistar mais títulos - projetou.
Sincero, Alecsandro admite que não vinha em um bom momento até o jogo contra o Aurora. Ele lembrou que a lesão muscular que sofreu na coxa acabou interrompendo uma sequência de jogos boa. Com isso, acabou sentindo muita dificuldade em retomar o ritmo de jogo em função do alto nível de disputa do Brasileiro. Agora, ele pretende aproveitar todas as chances que tiver na Copa Sul-Americana para recuperar este ritmo e, quem sabe, a vaga de titular.
- Procuro me condicionar nos treinamentos e quando entro em campo. Não é fácil recuperar este ritmo sem ser titular. Então espero poder jogar bem contra o Universitario e chegar mais próximo do ritmo ideal da maneira mais rápida possível - disse.
Vasco e Universitário se enfrentam na próxima quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no Estádio Nacional de Lima, no Peru. Pelo Campeonato Brasileiro, o time volta a entrar em campo no próximo domingo, às 17h (de Brasília), contra o Santos, na Vila Belmiro.