Alecsandro: Eles são bons, mas passamos por muita coisa esse ano
Para quem já passou por tantas dificuldades este ano, mais uma não chega a ser um bicho de sete cabeças.
Ontem, em São Januário, diante da forte equipe do Universidad de Chile, o Vasco jogou bem, saiu na frente, mas no fim acabou cedendo o empate (1 a 1), no primeiro jogo pela semifinais da Copa Sul-Americana. Quarta-feira, a equipe vai a Santiago precisando vencer. Mas qualquer empate de 2 a 2 em diante também serve. Hoje LDU e Vélez fazem, em Quito, o primeiro jogo da outra semifinal.
O time do Vasco já mostrou que superação é com ele mesmo. E é nisso que os jogadores estão apostando, para superar uma equipe que está invicta há 29 partidas.
O time deles é bom, mas o nosso já passou por muita coisa este ano.
Vamos buscar a vaga lá na casa deles disse Alecsandro ao fim do jogo.
Desde o início ficou claro que o Vasco teria de jogar muito para sair de campo com a vitória. Logo aos dois minutos, Juninho Pernambucano arriscou de fora da área e Herrera defendeu com segurança. Jogando com três atacantes, o time chileno respondeu imediatamente. Vargas fez ótima jogada individual, deixou dois marcadores no chão e bateu rasteiro, para boa defesa de Fernando Prass.
Fernando Prass falha O Vasco não se assustou. Comandado por Felipe, que tocava sempre de primeira, e com objetividade, o time carioca tinha toda a iniciativa. Jogava no campo do adversário e com uma velocidade surpreendente para um grupo que chega ao final da temporada brigando em duas frentes.
Mas apesar do amplo domínio, o Vasco não conseguia penetrar na área chilena. A solução encontrada foram os chutes de fora da área. Bernardo, Juninho Pernambucano e Fágner arriscaram, mas não acertaram o alvo. Quem quase chegou lá foi a Universidad.
Aos 19 e aos 25 minutos, Vargas, o melhor entre os chilenos, chegou com perigo na área vascaína.
Na segunda, Fernando Prass defendeu com dificuldade.
Mas Felipe estava inspiradíssimo.
Aos 30, ele deu toque açucarado para Élton acertar o travessão. O gol estava amadurecendo e acabou saindo aos 33. Allan lançou Bernardo, a bola bateu na zaga e sobrou limpa para o meia bater de perna direita, sem chance para o goleiro da equipe chilena.
Festa em São Januário.
Como sua equipe era dominada, o técnico Jorge Sampaoli fez a primeira troca logo após o gol: tirou Lorenzetti e pôs Rodriguez. O Vasco continuou melhor e terminou a primeira etapa buscando o segundo gol. Na saída para o intervalo, Felipe deu a receita para o Vasco vencer: Temos que tentar aumentar, mas sabendo que o mais importante é não sofrer gols em casa.
O time chileno adiantou a marcação no início do segundo tempo e criou dificuldades para o Vasco, que não conseguia sair de seu campo. Aos 15, Felipe chutou de fora da área e, na sequência, foi substituído por Fellipe Bastos. Com a substituição, Juninho Pernambucano passou a jogar mais próximo aos atacantes.
Aos 18, Rodríguez recebeu na área e chutou para difícil defesa de Fernando Prass. Na sequência, Élton pediu parta sair. Entrou Alecsandro.
Sem Felipe e com Juninho Pernambucano já dando sinais de cansaço, o Vasco já não ameaçava tanto. Mas aos 27, Juninho cobrou falta na cabeça de Dedé, que, livre, cabeceou fraco, facilitando a defesa de Herrera.
O Universidad jogava no campo do Vasco e, de tanto rondar a área adversária, acabou chegando ao empate, aos 33 minutos. Numa falta na intermediária, a bola foi alçada na área carioca, Fernando Prass saiu mal e Osvaldo González tocou de cabeça e mandou a bola para as redes.
O Vasco não desistiu. E teve chance de desempatar em duas cobranças de falta. Não deu, mas o empate não desanimou a torcida, que aplaudiu o time na saída de campo.
Vasco: Fernando Prass, Fágner, Dedé, Renato Silva e Jumar; Rômulo, Allan (Leandro), Juninho Pernambucano e Felipe (Fellipe Bastos); Bernardo e Élton (Alecsandro). Universidad de Chile: Herrera, Osvaldo González, Marcos González, Rojas e Mena; Aránguiz (Marino), Díaz e Lorenzetti (Rodriguez); Vargas, Canales e Castro (Acevedo). Juiz: Antônio Arias (Paraguai).
Cartões amarelos: Mena, Osvaldo González, Jumar e Juninho Pernambucano.
Renda: R$ 290.550. Público pagante: 11.715
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal O Globo)
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