Advogado do Vasco fala sobre punições do tribunal
Em entrevista a Rádio Manchete, Osvaldo Sestário, advogado do Vasco, falou sobre o julgamento do volante Nilton e do diretor executivo de futebol vascaíno, Rodrigo Caetano. Além disso, Sestário também comentou a multa imposta pelo tribunal no valor de 5 mil reais, por conta das \"ofensas\" ao árbitro Evandro Roman, ao final do jogo diante do Vitória, em São Januário.
- Eu não vi nenhuma falta do Nilton, para falar a verdade. Ele acabou pegando um jogo de suspensão, já cumprido, mas é aquela história, cada um vê de uma maneira. Realmente como leigo fica difícil presenciar essas coisas.
O Vasco apresentou um laudo da polícia militar declarando que não ouve nenhuma espécie de irregularidade e nenhuma situação que pudesse ser registrada durante aquele dia até o término do policiamento no estádio. Então fica a contradição do árbitro dizendo que saiu escoltado pela polícia. E outra questão é que em entrevista a própria rádio manchete o árbitro vai da saída do campo até o túnel dele,sendo entrevistado pela imprensa, sem ao menos ouvir o que estava acontecendo ao redor dele e depois ele diz que foi ofendido por dirigentes do Vasco.
-Exatamente. A meu ver, esse processo não tinha prova nenhum para condenar ao Vasco, pois é impossível, se tivesse acontecido o que aconteceu, que ele manifestou por seis vezes,que não ter saído nada na imprensa, ou que a polícia militar que faz a segurança na porta do vestiário, não estivesse sido chamada. E isso é desacreditar o que o próprio comandante do GEPE colocou, que não ouve ocorrência alguma. Então eu tenho certeza que a nível de recurso nós vamos conseguir reformar essa sentença.
Tem ocorrido muitos casos no tribunal com o Vasco, o senhor acredita que está ocorrendo certo rigor com o Vasco ultimamente?
- Não acredito nisso, pois no dia em que eu passar a acreditar nisso eu terei que fazer as minhas malas e deixar de atuar na justiça desportiva que é a única que eu atuo. Eu acho sim, que existe uma série de fatores, por exemplo: diferenças de julgamentos que ocorrem no STJD, TJD, existem sim diferenças. Acho que aqui, o processo estava bem instruído. Não havia necessidade da presença do Rodrigo (Caetano), mas isso é uma questão que... veja, nós só tivemos três votos, talvez se eu tivesse com a comissão completa, com cinco votantes eu talvez saísse como vencedor por 3 a 2. Então acabou prevalecendo o voto de dois, que acabaram entendendo que o Vasco, que ocorreu alguma coisa ali que o Vasco tenha sido punido. Nos resta agora recorrer na justiça superior e fazer com que se modifique esta decisão.
O jornalista da Rádio Manchete, José Augusto Júnior, era a testemunha surpresa do Vasco para este julgamento. No entanto, ele não foi aceito pelo tribunal para dar seu depoimento.
Por Jessica Corais
- SuperVasco