Adilson, sobre portões fechados: 'Não gostei dessa experiência'

Um jogo com cara de treino. Assim foi o empate em 1 a 1 com o América-MG, a primeira da série de três partidas a portões fechados que o Vasco terá de mandar como parte da punição imposta pelo STJD após a briga generalizada ocorrida no “ato final” do Campeonato Brasileiro-2013, contra o Atlético-PR, em Joinville.

A medida, definitivamente, não foi muito popular com os jogadores ou com o técnico Adilson Batista. Questionado sobre o assunto após a partida, o treinador lamentou a ausência do público, e classificou a experiência como negativa para todos os envolvidos. Muito criticado pela torcida em diversos momentos desde que assumiu o Vasco, Adilson citou a falta de pressão como grande “desfalque” da tarde, no caldeirão normalmente fervente de São Januário.

“É difícil. Eu confesso que não gostei, mas precisamos cumprir o que foi determinado. É desagradável, não é legal. Para eles, para nós, para o espetáculo, para quem está vendo, para vocês (jornalistas), profissionalmente. Vocês tesavam sem pressão, sem cobrança, né. Não gostei dessa experiência, mas tem mais duas ainda, né. Vamos lá”, lamentou.

O momento é particularmente inoportuno considerando o “fechamento” entre torcida e time, sobretudo desde a reta final do Campeonato Carioca. Impedidos de entrar em São Januário, cerca de 50 torcedores compareceram ao portão principal do estádio para incentivar o time e protestar contra a arbitragem, motivados pela polêmica envolvendo o gol impedido de Márcio Araújo na final do Estadual. Uma ação semelhante já ocorrera na “despedida” da última quarta-feira, contra o Resende, pela Copa do Brasil. Os gritos e fogos chegaram a ser ouvidos em alto e bom som de dentro do estádio, sobretudo logo após os apitos inicial e final.

Agora, o Vasco se prepara para a sequência da Série B. O próximo desafio é a partida contra a Luverdense, às 16h20 (de Brasília) do próximo sábado, na Arena Pantanal. Depois, a equipe retorna ao Rio de Janeiro para cumprir o segundo jogo a portões fechados, contra o Atlético-GO. O terceiro será contra o Oeste. O Cruzmaltino ainda terá de mandar outros três jogos a pelo menos 100 quilômetros do Rio de Janeiro: contra Sampaio Corrêa, Portuguesa e Santa Cruz.