Futebol

Adilson: "Ninguém fez uma grande partida nesses dois jogos"

Dois jogos, dois pontos ganhos e a modesta oitava colocação na tabela de classificação - pelo menos antes os jogos desta quinta-feira. Um desempenho que já começa a preocupar o técnico Adilson Batista no Campeonato Carioca. Mesmo ainda sem poder contar com todos os jogadores e convivendo com as vaias da torcida vascaína após empates contra Boavista e Macaé, o treinador tenta encontrar a melhor escalação para colocar o time no caminho das vitórias e da fase semifinal da competição estadual. Para isso, não descarta fazer algumas alterações na equipe no jogo do próximo domingo, contra o Friburguense, pela terceira rodada.

-  Mudanças podem acontecer. Vou ver o departamento médico, as avaliações que fiz durante o jogo. Temos que levar em conta o rendimento, o aspecto físico. Estamos vendo tudo isso. Ninguém fez uma grande partida nesses dois jogos - resumiu Adilson Batista.

Vaias que incomodam

O treinador não poderá contar com o volante Pedro Ken, suspenso pela expulsão diante do Macaé. Já o goleiro Martín Silva e volante Aranda podem estrear logo entre os titulares. Os dois já foram inscritos, mas seus nomes apareceram no Boletim Informativo de Registro de Atletas (Bira) com pendências na última quarta. A situação precisa ser resolvida até esta quinta-feira com a Federação de Futebol do Rio (Ferj) para que a dupla tenha condições de jogo.

Os meias Bernardo e Montoya, que entraram no segundo tempo do jogo contra o Macaé, surgem como outras opções para mudar a cara da equipe. Adilson, aliás, chegou a afirmar após o empate em 1 a 1 que está faltando criatividade no meio-campo vascaíno. Nos dois jogos do Carioca até agora, o setor foi formado apenas por volantes: Guiñazu, Abuda, Pedro Ken e Fellipe Bastos.

Além de buscar a primeira vitória para respirar na classificação do campeonato, o clube quer fazer as pazes com a torcida. Assim como na estreia, os vascaínos voltaram a vaiar o time diante do Macaé. Fellipe Bastos, Marlon e André Rocha foram os principais alvos da vez.

- Eles (torcedores) têm de vir e apoiar os 90 minutos. Depois tem o direito deles de vaiar. Tem de ser o nosso aliado. Não vejo solução na vaia - lamentou Bastos, que já havia sido vaiado contra o Boavista após desperdiçar um pênalti.

Uma situação que incomoda o elenco. Ao final do jogo, Bernardo desabafou e disse que a torcida 'ia encher o saco'. Até por isso o atacante Edmílson, autor do gol vascaíno no Moacyrzão, pediu calma e lembrou que o campeonato está apenas no início.

- É o segundo jogo ainda, não vamos esquecer isso. Sei que a paciência do torcedor não é o que esperávamos, mas temos que trabalhar. Sabemos do nosso potencial. Lógico que o Vasco é grande e tem que ter cobrança mesmo, mas vamos fazer nosso trabalho. Vamos procurar descansar para o jogo de domingo - resumiu o camisa 7.

A delegação voltou ao Rio de Janeiro ainda na noite de quarta-feira. O elenco se reapresenta na tarde desta quinta. O próximo compromisso será no domingo contra o Friburguense, às 19h30m (de Brasília), em São Januário, pela terceira rodada do Carioca.

Fonte: ge