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Adilson: "Há dez dias, só ouvia aplausos"

Após o empate de 1 a 1 em São Januário com o ABC-RN, pela Copa do Brasil, o técnico Adílson Batista foi vaiado pela torcida, que pediu pela sua saída do comando do time. Apontado como um dos culpados pelo resultado, por ter feito substituições consideradas equivocadas pela arquibancada, o treinador procurou se defender.

- O torcedor tem o direito de se manifestar. A gente compreende. Há dez dias, só ouvia aplausos, enaltecendo a partida que fizemos contra o Ceará. Tivemos dificuldades, temos que entender os motivos. Mas vamos melhorar - declarou, após ter explicado a troca de Carlos César por Fabrício, que acabou expulso:

O que eu queria? Ofensividade. O Carlos César pediu para sair, foi exigido, mas já tinha sinalizado. Queria pôr o Fabrício para atacar. Eu não vi problema. A expulsão, é evidente que a gente não quer. E foi escanteio. Eu estava ali do lado, e vi, mas o assistente não viu... - declarou Batista.

Ao comentar a declaração de Kléber, que havia dito que o treinador não entra em campo, e que a culpa era toda dos jogadores, o técnico disse.

- Eu entro em campo. Me dedico. Procuro pensar o que eu penso, cobro e incentivo. Não vou entrar no mérito. O Kléber trabalhou comigo no Cruzeiro, e costuma chamar a responsabilidade. O clube é grande, tem pressão mesmo - declarou o treinador.

PRIMEIRO TEMPO SONOLENTO

Adílson reconheceu o desequilíbrio do time entre os tempos da partida e aproveitou para reclamar da arbitragem.

- Pecamos por um primeiro tempo sonolento, dispersivo, e acabamos sofrendo o gol No segundo tempo, melhor distribuído, arriscando pelas laterais, o time criou. Mas fomos prejudicados em três situações que (o juiz) poderia ter marcado pênalti. Não sei se é o nível (da arbitragem), a qualidade, mas acabou prejudicando o jogo - criticou.

Em 2011, ano que o Vasco conquistou a Copa do Brasil, o ABC foi o adversário da segunda fase. O time de São Januário empatou em 0 a 0 em Natal, e venceu em casa por 2 a 1.Agora, o mando de campo se inverte.

- Temos mais 90 minutos na casa do adversário, onde o Vasco tem a possibilidade de avançar. Nosso intuito era vencer e convencer. Mas estamos em uma maratona. E agora é trabalhar. Já tem jogo sábado (Avaí)...

O treinador preferiu redimir o atacante Kléber, que tirou a camisa durante a comemoração do gol de empate e foi punido com o cartão amarelo:

- O Kléber não tem dado trabalho. Foi um cartão por empolgação. Ele é visado, caçado, sabe usar o corpo para se proteger e tem feito grandes jogos.

Fonte: Globo Online