Adilson diz não ter gostado de Douglas e Dakson juntos no meio de campo
O Vasco começou o ano com três jogadores na frente. Com a chegada de reforços, mudou de formação ainda no Campeonato Carioca, com Douglas na armação e dois atacantes na frente. Os problemas de lesões fizeram a equipe ter até três volantes e três atacantes em uma partida na Série B. A entrada de Kleber no time também provocou uma mudança na formação da equipe. Entre as variações táticas e desenhos diferentes do time, Adilson Batista não aponta para uma companhia para Douglas no setor de criação. Quando sai o camisa 10, Dakson entra. Seja pela carência de jogadores para dividir a criação das jogadas com Douglas ou porque o técnico não gostou do desempenho da equipe com dois meias, o treinador praticamente descarta uma formação com um meio de campo com maior capacidade de criação de jogadas.
Adilson recorda que deu chance para uma dupla de criação nesse tempo em São Januário. Este ano, contra o Resende no Campeonato Carioca, ele escalou Douglas e Dakson lado a lado. Mas a iniciativa não durou 45 minutos. O treinador tirou Dakson e colocou William Barbio no seu lugar. O treinador não gostou do que viu em campo. Com volantes que têm característica de avançar ao ataque e passar a bola com mais qualidade, ele aposta em jogadores que exercem dupla função, como nos casos de Fabrício e Pedro Ken - ou como enxergava Fellipe Bastos anteriormente. O jovem volante foi emprestado ao Grêmio.
- Quando trabalhei com Douglas e Dakson, não gostei do primeiro tempo. Tinha falado isso na entrevista. Já trabalhei também com três no meio, três na frente, fui dando oportunidades a todos. Todos receberam sua chance. Com exceção do Jordi e do Jhon Cley, até agora, a gente vai dando oportunidades, mas preciso das respostas também. Às vezes a gente muda em função do que esta vendo no treinamento, do que vê do adversário ou transfere para outros pela experiência. São muitas coisas que variam. Mas o time está bem definido - disse o treinador, ressaltando que Douglas fazia uma função diferente no meio de campo quando havia um trio de atacantes com Edmilson, Reginaldo e Barbio.
No início do ano, o time jogava com Reginaldo na esquerda, William Barbio do outro lado e Edmilson dentro da na área. A chegada de Douglas, como lembrou o treinador, de pronto alterou a formação tática do time, que passou a ter Guiñazu, Aranda e Fellipe Bastos, mais o camisa 10 e dois atacantes - o reforço Everton Costa e Edmilson. O grave problema de coração do ponta e outras lesões mexeram novamente as opções de Adilson para o início da Série B. O Vasco chegou a entrar em campo contra o Sampaio Correia com Fabrício, Pedro Ken e Fellipe Bastos no meio, mais os garotos Rafael Silva, Yago e Marquinho na frente.
A carência de meias não é novidade no futebol brasileiro. Entre as opções de meio de campo de ligação do time, o treinador tem um titular absoluto, que é Douglas, mais algumas opções que chegaram recentemente. Guilherme Biteco teve chances, fez gol e parecia que ia ganhar espaço, mas se lesionou. Dakson, que ficou muito tempo sem chances, voltou a ter oportunidades logo antes da Copa. Montoya, que chegou a pedir para jogar mais recuado no meio de campo, quase sempre entrou como atacante, atuando pelas pontas.
Na base, o Vasco tinha alguns jogadores que poderiam exercer essa função. Um deles era o jovem meia Matheus Índio, que se envolveu num imbróglio jurídico por conta de atraso salarial do Vasco e dificilmente volta a São Januário. Outro promissor era Guilherme Costa, que sofreu com lesões e está nos juniores ainda.
Fonte: geMais lidas
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