Futebol

Adilson busca encontrar esquema para difícil compromisso em Joinville

O Vasco só volta a treinar na terça-feira, mas a cabeça de Adilson Batista, normalmente inquieta, já procura um jeito do time ser agressivo e consistente ao mesmo tempo. Sem o zagueiro Luan e o volante Guiñazu, o treinador tem três opções distintas de armar o time para enfrentar o Atlético-PR, em Joinville, no próximo domingo. Nos seis jogos anteriores, Adilson variou do 4-4-2 ao 4-5-1 e o 3-5-2. Com a obrigação da vitória em Santa Catarina, o treinador, que espera encarar chuva na cidade catarinense, vai atrás do ‘milagre de Joinville’ e do equilíbrio do time no seu sétimo ato à frente do Vasco.

Na coletiva de imprensa após a vitória sobre o Náutico, o treinador lembrou que o time precisa manter a postura aguerrida que mostrou contra o Cruzeiro e em partidas anteriores, com presença ofensiva e agressividade, aliada ao comportamento tático que apresentou nas partidas fora de casa. Porém, diante do Grêmio (derrota por 1 a 0) e do Corinthians (0 a 0), o Vasco pouco finalizou e teve bem menos chances de vencer a partida, o que agora pode resultar no rebaixamento da equipe.

Fora de casa, a média de finalizações do Vasco com Adilson é de cinco tentativas a gol – o time finalizou oito vezes contra o Grêmio e apenas duas diante do Corinthians. Nos jogos em casa, a média de chutes mais que dobra, com 13,25 tentativas. Foram nove contra o Coritiba, 16 diante do Santos, uma a menos na partida contra o Cruzeiro e 13 na vitória sobre o Náutico.

Adilson ainda não deu pistas do esquema que vai lançar contra o Atlético-PR. Mas ele vê possibilidade de fazer um time ofensivo com o sistema de jogo que lhe convir. Questionado sobre as diferentes formas de jogar do Vasco em casa e fora, o treinador ponderou as funções que os jogadores do time podem exercer e minimizou a questão.

- Não acho que tenha sido bastante diferente (a forma de jogar dentro e fora de casa). Precisa ser analisado que o Thalles, mesmo sendo um jogador ofensivo, acompanha o lateral na marcação. Se eu adiantar o Fagner e ficar com o Renato Silva na defesa, dá na mesma (o esquema). Só que um é mais ofensivo, mas não vai cumprir uma função, enquanto outro tem mais consciência tática – disse Adilson.

Contra o Náutico, o time atacava quase sempre com sete jogadores, ficando Cris, Luan e Abuda (ou Guiñazu) atrás do meio de campo. Sem a posse de bola, o Vasco praticou 10 roubadas de bola, mesmo diminuindo a intensidade da partida, como bem lembrou o treinador. Nos jogos fora do Rio de Janeiro, subiam ao ataque, no máximo, cinco jogadores.

Se decidir mudar o mínimo possível na escalação, o técnico deve substituir Luan por Jomar e Guiñazu por Sandro Silva. Mas há a chance também dele escalar Renato Silva na lateral direita, levando Fagner para o meio de campo. Neste caso, o atacante Thalles poderia deixar o time, em formação mais conservadora. Uma outra alternativa, mais ofensiva, seria entrar com três zagueiros (Cris, Jomar e Renato Silva), com Fagner e Yotún nas alas, Abuda e o recuo de Pedro Ken e a manutenção do trio ofensivo com Marlone, Thalles e Edmilson.

 

Fonte: ge