A hora de mostrar a força da Cruz de Malta

A responsabilidade está com eles. As presenças do alvinegro Ronaldo e do cruzmaltino Carlos Alberto são os principais atrativos para o duelo desta quarta-feira entre Corinthians e Vasco, às 21h50m, no Pacaembu, pela semifinal da Copa do Brasil. Sem suas principais estrelas, paulistas e cariocas empataram por 1 a 1 no Maracanã, e agora fazem o tira-teima apostando no poder decisivo deles.

No Timão, que joga por vitória simples ou um empate sem gols para ir à decisão contra Internacional ou Coritiba (na ida, o Colorado venceu por 3 a 1), o clima é de alegria por conta do retorno do Fenômeno, recuperado de uma lesão na panturrilha direita. O técnico Mano Menezes, aliás, valoriza sua principal arma ao comparar com o reforço que o adversário carioca terá. Mas exalta também a força dos grupos.

- O Ronaldo significa bastante, quase na mesma proporção, ou mais, do que o retorno do Carlos Alberto. No entanto, continuo acreditando que, embora a qualidade individual de ambos seja importante, tenho certeza de que Corinthians ou Vasco vão fazer por merecer uma vaga na final no aspecto coletivo - discursou Mano Menezes.

Do lado do Vasco, que precisa vencer ou empatar por dois ou mais gols, o técnico Dorival Júnior também está mais tranquilo com retorno do meia Carlos Alberto, que cumpriu suspensão no jogo de ida, e está confirmado entre os titulares. O camisa 19 chegou a ser dúvida por conta de um problema muscular, mas treinou normalmente em Curitiba e garantiu presença.

Sem muito mistério, Dorival confirmou o time titular com a entrada de Carlos Alberto na vaga de Jeferson. O meia, por sinal, afirmou que a partida pode ser considerada a mais importante do ano para o time da Colina.

- Esse jogo contra o Corinthians é o jogo do ano para o Vasco. É importante todos estarem preparados para tentar uma vitória. Achei importante o empate, até pela situação que passamos naquela primeira partida no Maracanã - disse o capitão.

Se no time de São Januário não houve mistério, o último treino do Timão antes da partida foi realizado de portões fechados para a imprensa, que só acompanhou os minutos finais do rachão. A dúvida, porém, é na lateral esquerda. Sem André Santos, servindo à seleção brasileira, Wellington Saci seria a primeira opção.

- Faz parte da estratégia trabalhar algumas questões em treinos fechados, como bola parada. Temos de pensar em algumas coisas diferentes, para não darmos muitas informações ao adversário. E no nosso caso podemos deixar em aberto, porque não temos um jogador que é considerado bastante titular. Então, a decisão fica para última hora - comentou o técnico do Timão.

Retrospectos dão otimismo

Nesta Copa do Brasil, o Vasco fez sete partidas, tendo conquistado quatro vitórias e três empates. Curiosamente, o time fez gols em todos os confrontos (18 ao todo, média de 2,57 por partida) e sofreu apenas cinco. Em nenhuma partida, os cariocas viram o adversário balançar a rede mais de uma vez.

- Acredito que vá ter gols. Não vai ser um placar de zero. As duas equipes, pelas características que apresentam, vão partir para fazer o resultado. O histórico não representa muito. Na necessidade, você pode passar em branco ou manter a sua média - afirmou o treinador vascaíno.

A equipe realizou toda a preparação para a partida no Pacaembu em Curitiba, após enfrentar o Paraná pela Série B. Durante três dias, a delegação treinou no CT do Atlético-PR. Além das boas instalações, os jogadores puderam sentir o frio da capital paranaense, semelhante ao que vai ser encontrado no confronto diante do Timão em São Paulo.

O Corinthians também tem o seu retrospecto que dá mais segurança. E ele está na defesa, que tem média de 0,85 gol sofrido por jogo. Em 14 dos 34 duelos na temporada, a equipe não foi vazada. Mano gosta, mas faz um alerta.

- É um retrospecto que diminui um pouco o risco, mas não o elimina. Estou preparando a equipe para que ela tenha a convicção de que tem de marcar dois gols para passar à final - falou Mano. Nesta Copa do Brasil, o Corinthians só não anotou dois gols ou mais no primeiro jogo das quartas, contra o Fluminense, e no Vasco.

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