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50 portadores de necessidades especiais entrarão em campo e darão volta olím

O Vasco adere a partir de hoje à campanha Acessibilidade: siga essa idéia. Antes do jogo com o Campinense, 50 pessoas portadoras de algum tipo de deficiência vão entrar em campo segurando uma enorme bandeira de 25m x 30m e darão uma volta olímpica no gramado de São Januário. Depois, será assinado um termo de compromisso entre a presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), Denise Granja, e o presidente Roberto Dinamite. Com isso, o Vasco será o quarto clube carioca a se comprometer a fazer reformas em seu estádio para garantir no futuro o direito de ir e vir dos deficientes.

Hoje no Brasil, 12 clubes já aderiram à campanha, entre eles: América, Botafogo, Atlético-MG, Cruzeiro, Bahia, Vitória, Fluminense, Grêmio, Santos, Sport, Internacional e Villa Nova-MG. Além deles, várias personalidades do esporte. O primeiro foi o ex-goleiro do Fluminense, Paulo Vítor. Depois vestiram a camisa da acessibilidade, Zico, Roberto Dinamite, Pelé e Jairzinho, entre outros.

O principal objetivo da campanha é sensibilizar e mobilizar o público a eliminar barreiras arquitetônicas que impedem os deficientes de participarem mais ativamente da vida em sociedade.

– Hoje, o Brasil tem aproximadamente 15 milhões de portadores de deficiência, cerca de 14,5% da população brasileira segundo o censo do IBGE de 2000 – informa a coordenadora da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), Niusarete Margarida de Lima.

– Precisamos ter maior acessibilidade para que os deficientes participem mais da sociedade.

Mas a maior barreira nem sempre é arquitetônica.

– A nossa invisibilidade é um dos maiores problemas. Pior que a barreira arquitetônica é a que está no outro – garante o técnico judiciário e deficiente visual, Márcio Aguiar.

Criada em 2006, a campanha este ano terá algumas novidades. A partir de agosto, receberá um apoio importante.

– A Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel) abraçou a idéia.

Com a entrada deles, haverá mais cardápios em braile e os deficientes ficarão mais encorajados a sair – aposta Márcia Mendes Melo, secretária executiva do Conade.

A nossa invisibilidade é um dos maiores problemas. Pior que a barreira arquitetônica é a que está no outro Márcio Aguiar técnico judiciário e deficiente visual.

Fonte: Jornal do Brasil