2° VP geral do Vasco fala sobre aprimorar o projeto de São Januário
A reforma de São Januário é uma prioridade da gestão de Pedrinho, que tomou posse do cargo de presidente do Vasco nesta segunda-feira, em sessão solene na sede náutica da Lagoa. Em entrevista a jornalistas, o segundo vice-presidente geral Renato Brito, que também tomou posse do cargo, falou sobre os planos da administração para o estádio. Segundo ele, o projeto apresentado pela gestão anterior pode ser "aprimorado", mas sem atrasar o processo.
— Na verdade o projeto (do estádio) não está aprovado. Existe um projeto muito avançado. Não estamos aqui para colocar um selo, queremos entregar o estádio para o Vasco. Naturalmente, qualquer projeto pode ser aprimorado. Sabemos que o pessoal que fez o projeto olha com bons olhos para sugestões. É normal que o Pedrinho, como presidente, queria sugerir, eventualmente mudar, tirar um camarote do lugar, aumentar uma arquibancada. Isso tudo com muita naturalidade. Não é nada que vá levar a uma discussão burocrática e atrasar de uma forma relevante. Pelo contrário. Nosso comprometimento é com a reforma de São Januário, e se Deus quiser ela vai sair — explicou.
Em novembro, a gestão Salgado apresentou um projeto para transformar São Januário em um complexo e aumentar a capacidade para 47.838 torcedores, mais que o dobro dos 21.880 atuais. A obra, tratada como revitalização e ampliação, foi orçada em R$ 506 milhões, com prazo de três anos. Foi esse projeto o enviado à Prefeitura do Rio visando ao projeto de lei de transferência do potencial construtivo, que deve gerar os recursos para a reforma.
Agora, cabe à gestão de Pedrinho decidir como vai proceder em relação ao projeto. Brito é especialista em Direito Imobiliário e confirmou que será um dos principais responsáveis pelo tema. Ele explicou, também, como está o processo:
— O projeto de lei da forma como foi posto demandou um estudo nosso para tentar sugerir à Câmara (de Vereadores) algumas melhorias. O Vasco vai ter direito a uma venda de um potencial construtivo. São Januário tem X metros quadrados, poderia ocupar todos aqueles metros, não ocupa, e isso gera um direito ao Vasco para que eles sejam vendidos. A grosso modo, isso é o potencial construtivo. A gente está analisando o projeto de lei de forma técnica para ver se há alguma possibilidade de melhoria legislativa que traga maior benefício ao Vasco. O projeto de lei foi um presente do prefeito Eduardo Paes, que a gente agradece demais, claro, e que foi enviado à Câmara. Agora, ela vai fazer toda a análise legislativa. O projeto de lei (ainda) não está aprovado. O processo é feito pela Câmara e depois vai a sanção do prefeito. Está nessa fase. A Câmara está de recesso, como todo mundo sabe.
Brito mencionou o 7 de abril — aniversário de 100 anos da Resposta Histórica — como um dia simbólico para um possível início da reforma, mas ressaltou que é difícil que o projeto de lei seja aprovado até lá. A Câmara só volta do recesso após o Carnaval, na segunda metade de fevereiro.
— Esse projeto de lei conversa com o plano diretor da cidade, que acabou de ser aprovado. Então, naturalmente, houve esse período de maturação até o plano ser aprovado. E agora a gente volta à carga com ele (o projeto de lei). Já há reuniões marcadas com vereadores, vamos dizer assim, da bancada Vasco, que a gente imagina que levarão e apoiarão os nossos pleitos. O projeto de lei tem que passar por um processo legislativo, de Câmara, de aprovação em algumas comissões. Há uma esperança nossa, uma expectativa de que em abril a gente consiga ter esse projeto de lei de fato aprovado e sancionado pelo prefeito.
O segundo VP falou também sobre a possibilidade de vender os naming rights do estádio e possíveis impactos numa reforma:
— Temos que fazer uma análise dos contratos com a SAF pra entender se esse direito é possível ou não pra associação. Sendo possível, e a gente acredita que é, naturalmente esse valor pode ser agregado ao valor do potencial construtivo. Da mesma forma com outras vendas de potencialidades. Mas o dinheiro do potencial construtivo é essencial pra que a reforma saia do papel. Sem ele não tem estádio.
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