Zacharias comenta intenções do dono de 5% de Dedé, Romário
Graças a uma vitória de Romário na Justiça, o Vasco pode se ver em maus lençóis na próxima janela de transferências. Como garantia de uma dívida de R$ 58 milhões do clube com o deputado federal, quatro jogadores do elenco vascaíno foram penhorados: Dedé, Fellipe Bastos, Eder Luis e Nilton. Desta forma, eles não podem ser negociados sem o consentimento do ex-jogador. Ou seja, se a diretoria contava em fazer caixa com seus principais jogadores, não terá mais essa opção.
Quando foi concedida a penhora a Romário, ele havia escolhido, além de Dedé, Rômulo e Diego Souza obviamente, os mais lucrativos. Contudo, como os dois últimos já estavam em processo de transferência, ele teve que optar por outros atletas. Fernando Pereira Zacharias, advogado do deputado, afirmou ao R7 que qualquer tipo de negociação está vetada enquanto o processo está em execução.
Os jogadores não podem ser vendidos nem emprestados sem o consentimento do Romário. Além disso, o Vasco teria que dar outra garantia. Veja bem, o Romário apenas quer receber, não é intenção dele prejudicar o Vasco de qualquer modo.
Segundo Zacharias, antes de entrar na Justiça, Romário tentou um acordo com o Vasco, tanto pessoalmente quanto por meio de seu escritório. No entanto, o clube não foi receptivo. Como exemplo, ele citou o Flamengo, com quem o campeão do Mundo em 1994 teve problemas de dívidas, mas conseguiu resolver através de um acordo entre as partes.
A briga de Romário com o Vasco na Justiça surgiu após o ex-presidente cruzmaltino Eurico Miranda assinar uma confissão de dívida de R$ 22.498.000,00 em 2004. Então, a empresa de Romário moveu uma ação em 2012 na 47ª Vara Cível da capital para receber o pagamento de R$ 52 milhões, que foram corrigidos e hoje somam R$ 58 milhões.
A Justiça decidiu nesta quarta-feira (15) pela vitória de Romário. Além da penhora dos jogadores, o Vasco também precisa dar como garantia parte das cotas de seus patrocinadores. O clube ainda promete recorrer da decisão, por considerar que a dívida está prescrita.