William, ex-meia do Vasco, será auxiliar técnico da Seleção sub-17
É um novo começo no mundo do futebol. Mas agora com muito experiência, William, ex-meia do Vasco da Gama, dá seus primeiros passos na carreira de técnico. O vascaíno foi contratado pela CBF como auxiliar-técnico da seleção sub-17.
\"Comecei agora, há mais ou menos um mês. Nem tive contato com a garotada ainda\", afirmou William ao Pelé.Net. O ex-jogador chega após fazer um curso superior para ser técnico, indicado por Branco, coordenador das categorias de base da seleção. A formatura da turma de William será na próxima quinta-feira (24/8), na Barra.
Foram dois anos de aprendizado. Para William, um ex-meia de habilidade, uma forma de se expressar melhor na nova profissão. \"A parte prática a gente já tem uma noção, mas a teoria foi ótima, apresentar trabalhos, se expressar, trocar idéias. E é importante para uma pessoa que era tímida. Como qualquer estudo que se faça, abre a cabeça\", disse.
Durante o curso, William teve contato com outros ex-jogadores, como Pichetti e Luizinho - inclusive com direito a algumas partidas de futebol entre os estudantes. A oportunidade de continuar vivendo no meio do futebol agrada o ex-meia.
\"Eu gosto de viver o futebol, por mais que todo mundo diga está mais difícil, mas eu gosto e vou me preparar para esse objetivo\", afirmou, lembrando que muitos ex-atletas têm dificuldades em outros negócios quando encerram suas carreiras. \"São raras as pessoas que falam que abriram um negócio e deram certo\", comentou.
Com sua vivência no futebol, William agora quer iniciar sua carreira passando experiência para os jovens garotos das seleções de base do Brasil. \"Eu praticamente fui em todas as seleções amadoras possíveis e impossíveis. E vou procurar passar isso para a garotada\", disse.
Segundo William, a linguagem a ser usada com os atuais garotos é diferente da época em que ele mesmo estava iniciando a carreira como jogador. \"Hoje a garotada já está mais madura. Temos de ser mais objetivos, falar com adultos mesmo, não só como jovens\", explicou.
Nessas conversas, inclusive, o novo auxiliar-técnico tentará mostrar para os jogadores que estar agora na seleção não significa sucesso na carreira no futuro. \"No futebol brasileiro, renovam-se os talentos a cada dia. Então você precisa estar provando sempre. Hoje você está num time titular, mas amanhã não está mais. O importante é manter a regularidade\", disse William.
Bons tempos
Se hoje tem experiência para passar a jovens jogadores, William a conquistou praticamente em um único clube. Os grandes momentos da carreira do ex-meia foram no Vasco da Gama. O agora auxiliar-técnico lembra com carinho o início da década de 90 pelo clube.
Além de ser titular no título brasileiro de 1989, conquistado em cima do São Paulo, no Morumbi, William também teve presença marcante no tricampeonato estadual conquistado pelo Vasco em 1992, 1993 e 1994. Este último ano, ainda mais especial.
\"Em 94 foi um ano muito marcante. Eu fiquei três ou quatro meses sem contrato, foi difícil para renovar. Quando voltei fiquei no banco. Depois perdemos o Denner (morto em um acidente de automóvel) e o Vasco precisou de mim. E, quando precisou, eu correspondi\", lembrou William, que também citou a morte de Ayrton Senna no mesmo ano.
Depois daquela ótima fase, o Vasco teve conquistas importantes, mas em anos isolados, como a Libertadores de 1997 ou a Copa João Havelange, em 2000. \"Não foram (títulos) como daquele jeito, num grupo que se identificava com o Vasco e isso marcava bastante\", citou.
Dos jogadores com quem conviveu naquela época, William ainda tem algum contato com Bismarck, o ex-lateral-esquerdo Cássio, o zagueiro Alexandre Torres etc. Um daqueles ex-colegas, porém, ainda está jogando como profissional.
Sorato, autor do gol do título brasileiro em 1989, defende o Bahia na Série C do Campeonato Brasileiro. \"Ele finaliza muito bem
e joga numa posição dentro da área que não exige tanto como outras\", disse William, elogiando o ex-companheiro.
Numa época em que o Vasco tinha um bom poder financeiro, William acabou deixando de atuar na Europa. \"Quando a gente jogava no Vasco, ficava muito preso ao clube. Arrebentava e não conseguia ser negociado. O Porto ofereceu US$ 1 milhão. Mas era um método de trabalho, da época do futebol\", contou.
\"Lógico que se eu tivesse uma orientação maior, de repente a negociação até saía. Mas a gente jogava por amor\", encerrou o vascaíno William.
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