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VP de patrimônio, sobre atuar em SJ contra o Flu: "É uma questão de honra"

Impossibilitado de ocupar seu tradicional lado direito da arquibancada do Maracanã no clássico contra o Fluminense por força de contrato do Tricolor com o consórcio que administra o estádio, o Vasco já tem pronta a sua resposta. A diretoria prepara São Januário para receber o clássico, válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. O local da partida ainda não foi oficialmente confirmado pela CBF, mas a casa cruz-maltina já vem sofrendo modificações para se adaptar às exigências da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

O clima tornou-se hostil nos dias que antecederam o confronto válido pelo primeiro turno, no Maracanã. Dono do mando de campo, o Fluminense assinou contrato com a empresa que administra o estádio e exigiu que sua torcida ocupasse o lado direito da arquibancada, tradicionalmente destinado ao rival. Mas dentro de campo quem levou a melhor foram os vascaínos, vencendo por 3 a 1.

Então, o clube está mobilizado para fazer em São Januário as modificações necessárias para obter um laudo das autoridades que confirma a capacidade do estádio para 24.870 pessoas. O documento atual prevê a ocupação de 22 mil. Segundo integrantes da diretoria cruz-maltina, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro já deu seu aval, concordando também em dividir a ocupação das torcidas com 90% de vascaínos e 10% de tricolores.

- O Vasco tem o mando de campo e, neste momento, vai buscar que a partida contra o Fluminense ocorra em São Januário - confirmou o presidente Roberto Dinamite.
 

O clube contratou uma empresa particular para executar as obras, orçadas em R$ 250 mil. A maior modificação vem sendo feita na rua General Almério de Moura, da entrada principal de São Januário. Há cerca de 15 dias tiveram início as modificações, que passam pela derrubada de 30 metros de um muro para abertura de mais catracas de acesso no portão 4. Elas eram quatro e passarão a ser dez, sendo que outra para a circulação de portadores de deficiência física.

O clube também promove a troca de todos os oito portões de saída de emergência de São Januário. A exigência é do Corpo de Bombeiros, que determinou fiscalização maior após a tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria (RS). Os portões ou abriam para dentro ou eram de correr. Eles darão lugar a portões que abram a 90 graus – encostando no muro – aumentando o espaço para fluxo de pessoas.

O Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) condiciona a realização de clássicos em São Januário à obra no portão 4 (rua General Almério de Moura). Segundo o vice de engenharia do Vasco, Manuel Santos, foi um pedido pessoal de Roberto Dinamite.

- Queremos deixar tudo pronto até início de outubro, para deixar o presidente à vontade de decidir se quer mandar o clássico em São Januário. A troca dos portões até 20 de setembro deve ser finalizada. A do portão 4, de demolição, deve durar dois meses (até outubro) - explicou.

Segundo Manoel Barbosa, vice de patrimônio do Vasco, não existe mais qualquer dúvida sobre o local do clássico, marcado inicialmente para 9 de outubro, uma quarta-feira.

- O jogo contra o Fluminense vai ser em São Januário. Isso já foi decidido pela diretoria. É uma questão de honra.

O clube ainda estuda a possibilidade de criar uma outra saída para facilitar o escoamento do público. Mas isso vai demandar a transferência do local onde hoje funciona a administração do plano de sócios do Vasco. A torcida do Fluminense vai entrar e sair de São Januário pelo portão 11, mantendo o local onde é alocado o público visitante em São Januário.
 

Fonte: ge