VP de controladoria fala sobre reestruturação da dívida do clube
A penhora que tanto atrapalha a situação financeira do Vasco está perto de ser resolvida. Há uma confiança grande no clube de que haverá uma solução nesta semana para levantar a ação da Biosanear, que impede o clube de obter garantias para empréstimos.
O assunto é considerado prioridade total na diretoria. A solução passa também por uma primeira parte do plano de reestruturação da dívida do Vasco, através de recursos de um Fundo de Direitos Creditórios (Fdic) idealizado pelo clube.
- Estamos perto de resolver a penhora da Biosanear. Está mais adiantada. Quanto ao Fdic, tivemos duas reuniões. Imagino que até o fim da semana a gente já tenha recursos derivados disso para fazer negociações. Tem toda uma discussão para fazer avançar mais ainda - afirmou o vice-presidente de Controladoria do Vasco, Adriano Mendes.
Além da Biosanear, há outra ação de penhora em nome do escritório de advocacia Barreira de Oliveira. Esta está suspensa à espera de uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas, ainda assim, trava algumas conversas da diretoria.
- Essas penhoras surpreenderam, porque estão numa velocidade anormal de trâmite. As penhoras mais sensíveis com as quais lidamos são de 10, 15 anos. Ações da Olimpíada de 2000, da época do Roberto Dinamite. Essa é de meses, está num nível de processo que se consegue em anos. Me parece de uma força excessiva com efeito descomunal - completou Adriano.
Ato trabalhista ajuda nas finanças do clube
Na busca para se reequilibrar financeiramente, o Vasco deu um importante passo na última sexta-feira: assinou um novo acordo de ato trabalhista, no qual concentrará o pagamento de dívidas que, somadas, chegam a R$ 125.064.079,54 - a informação foi divulgada pelo jornal Lance! e confirmada pelo GloboEsporte.com. Desta forma, evitará penhoras na esfera trabalhista e poderá organizar o fluxo de caixa.
Pelo acordo, o Vasco pagará cerca de R$ 2 milhões mensais para quitar a dívida num prazo de seis anos. O dinheiro virá diretamente dos recebíveis que o clube tem direito em relação a cotas de televisão.
- O ato suspende todas as penhoras de condenações superiores a R$ 20 mil. Todas as varas já foram comunicadas. Toda a parte trabalhista está equacionada - disse Paulo Reis, ex-vice-presidente jurídico do Vasco, que ajudou a diretoria no caso.
Mas o acordo não resolve todos os problemas. Embora todas as penhoras trabalhistas tenham sido suspensas, persistem aquelas da esfera cível - atualmente, são estas que travaram o clube financeiramente.
O próximo desafio da diretoria é reorganizar a parte cível. Sem as atuais penhoras, o Vasco consegue obter o empréstimo de R$ 20 milhões e dar sequência ao processo de reestruturação da dívida.
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