Visão de jogo: Vasco foi superior ao Flamengo
Emocionante. Talvez a palavra em si ainda não descreva como foi a partida realizada neste domingo, entre Flamengo e Vasco. Espetacular. A vitória vascaína por 3 a 2 sobre o Flamengo, que eliminou o RubroNegro do Campeonato Carioca, competição esta que os cartolas e os jogadores queriam de qualquer maneira para amenizar a inegável crise na Gávea, foi conquistada por uma superioridade quase que completa do time comandado por Cristóvão Borges, apesar dos resquícios flamenguistas de tentativas desesperadas sustentadas pela tradicional raça de, após levar a virada, ainda na primeira etapa, buscar o empate.
Logo no começo do primeiro tempo, o Flamengo, montado com três homens ofensivos por Joel Santana, começou com tudo, mostrando eficiência no contra-golpe e no consequente gol de Vagner Love, logo aos dois minutos. Porém, foi só. Após isso, o Vasco, utilizando a velocidade imponente de Éder Luiz, a visão de Diego Souza, os chutes fortes de F. Bastos e a maestria de Felipe, dominou inteiramente o rival, que demonstrava ser falho na marcação individual dos contra-ataques vascaínos. A partir dos 30 minutos, houve uma melhora ofensiva no Fla. Kléberson era o melhor, e até lembrava seus áureos tempos, junto ao Artilheiro do Amor. O único que destoava, do meio para frente, era Ronaldinho Gaúcho, que errava muito e era desarmado facilmente, proporcionando respostas vascaínas, perigosas, devido, sobretudo, à velocidade de Eder e aos espaços que eram dados por Welinton e Gonzalez. Aproveitando-se da superioridade na frente, no fim, Felipe ameaçou de fora e fez um belo gol, digno de um \"cérebro\" em campo. Era a virada.
Na volta para o segundo tempo, Joel tirou Muralha e colocou Bottinelli, visando dar mais consistência ao ataque vermelho e preto. O argentino entrou com gás, mas mostra deficiências pro seus extremos numa partida, erros e acertos. O Vasco continuava centrado e objetivo a maioria dos lances eram de perigo. Com dois minutos, em pênalti que dá margens a interpretações, Felipe, de novo, fez o terceiro de sua equipe, o segundo dele. Tentando de qualquer maneira ir para cima do adversário, o Flamengo passou a ser superior no duelo após o gol do camisa 6. O erro veio com a saída de Kléberson, até então o único que coordenava bem a equipe do Fla. Renato não conseguiu atuar como quem ele substituiu. O Vasco, com Carlos Alberto no gramado e que, por sinal, atuou bem , e sem Eder Luiz, que saiu com câimbras, ocasionadas por sua entrega no jogo, não queria saber de administrar a partida e continuava perigoso, penetrando de maneira fácil na zaga flamenguista, que se expôs ainda mais indo à frente para tentar, em bolas aéreas, o gol. Mas nada adiantou e o Vasco está na final da Taça Rio.
Agora, é repensar o que há de errado no Flamengo, que ficará 27 dias sem jogos até a estreia do Campeonato Brasileiro, e apostar as fichas para o jogão de domingo, entre o Gigante da Colina e o Botafogo, no Engenhão, e que decidirá o time que enfrentará o Fluminense na grande final do Carioca.
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