Futebol

Vice de futebol abre o jogo sobre a situação de Celso Roth

O jogo contra o Santos, às 21h, na Vila Belmiro, ganhou ares de decisão em São Januário. Não só para o Vasco, que precisa reagir no Brasileiro antes que seja tarde demais, como para o técnico Celso Roth. O treinador está no centro de uma divergência no clube entre os que consideram seu prazo esgotado e os que ainda o defendem. Um novo vexame nesta quarta pode decidir essa briga.

Roth tem aliados e críticos nos corredores de São Januário. Responsáveis pela contratação do treinador, o grupo do vice de futebol, José Luiz Moreira, e do diretor remunerado, Paulo Angioni, puxam a corda para o seu lado. Já a falta de resultados mobiliza aqueles que veem em Celso um técnico à moda antiga, já incapaz de mobilizar o grupo contra a queda.

— Não estou dizendo nem que sim (Roth será demitido) e nem que não. Vai depender muito. Existe uma insatisfação com o momento? Claro que sim. Uma preocupação? Sim. Porque a gente tem que prestar contas. Mas não vejo um resultado tão ruim que leve um treinador para a forca — argumenta Moreira.

Os resultados e, principalmente, as incoerências no trabalho de Roth têm servido de munição a quem tenta convencer Eurico Miranda de que a troca é necessária. Uma das maiores críticas reside no fato de modificar as escalações, sem dar confiança ao time. A prova é o ataque. Assim que assumiu o comando, Gilberto e Riascos formavam a dupla. O primeiro perdeu o posto após quatro partidas e deixou o clube. O colombiano, depois da estreia de Herrera. Dagoberto também transita entre o banco e a titularidade.

Gols, entretanto, só foram 11 neste período, contando Brasileiro e Copa do Brasil. As experiências com Julio César e Anderson Salles improvisados no meio-campo, além do episódio com Martín Silva, barrado no intervalo do jogo contra o Palmeiras, também alimentam as queixas contra o treinador.

— A culpa não é dele sozinho. Jogam uma responsabilidade máxima nele. Não é bem assim. Vamos ter um pouquinho mais de compaixão. Essa opinião de que ele tem que sair não é da vice-presidência e nem da presidência, que são os responsáveis máximos pelo futebol — defende o vice de futebol.

Fonte: Extra