Vencedor nas urnas, Dinamite viaja para o Sul e vê o Vasco perder do Figueir
Depois de uma das principais vitórias de sua vida, Roberto Dinamite teve seu primeiro revés ontem como presidente do Vasco. Estava no Orlando Scarpelli e viu a equipe perder para o Figueirense, por 2 a 1, de virada.
Da tribuna de honra do estádio, viu uma equipe no máximo esforçada, mas que pouco criou durante os 90 minutos de jogo.
Viu – ou não viu, na verdade – que o quarteto fantástico, formado por Edmundo, Morais, Jean e Leandro Amaral desde o começo da partida, até teve lapsos de bom futebol, mas, no geral, esteve desarrumado e pouco inspirado.
Faça-se justiça e dê-se desconto para Edmundo e Leandro. O primeiro porque até buscou o jogo, tentou fazer a coisa andar no meio-de-campo. O segundo porque se movimentou bem, caiu pelos cantos, mas sofreu com a falta de bolas nos pés.
Os dois ainda meteram bolas na trave. Leandro duas vezes, ambas na etapa inicial: a primeira numa das raras vezes em que o quarteto de fato funcionou; e a outra no lance confuso na área que acabou resultando no gol vascaíno, de Rodrigo Antônio, depois que o camisa 11 tentou duas vezes e parou no travessão.
O quase de Edmundo foi no segundo tempo, em cobrança de falta de longe, de novo no travessão.
Outro alento foi ver a boa atuação do goleiro Tiago, que foi eficiente ao pegar pênalti mal batido de Cleiton Xavier e fez mais duas defesas difíceis. Ainda que pudesse ter evitado o primeiro gol do Figueirense, o de empate, num chute de fora da área de Xavier.
Dinamite também pôde conferir que a zaga vascaína vai mal.
Batendo cabeça o tempo inteiro, correndo atrás da bola, e não dos marcadores. Precisa melhorar.
Mas o empate era o resultado mais justo, se vale como conforto para o novomandatário cruzmaltino. Empate que só não aconteceu porque Xavier, de novo, aproveitou bobeada da zaga carioca e, de cabeça, deu a vitória à sua equipe no finzinho da partida.
O Vasco terá uma seqüência de três jogos no Rio. A vitória – mais uma – deve pintar, Dinamite.
O quarteto fantástico do Vasco não funcionou.
Edmundo e Leandro Amaral foram os mais lúcidos
Minuto-chave
31’ Do segundo tempo Edmundo recebe passe açucarado, domina a bola no peito, mas demora muito para finalizar. O jogador é solado e o árbitro marca tiro livre indireto. O atacante pega muito mal na boa e desperdiça a cobrança. Um minuto depois, o Figueirense empatou.
- SuperVasco