Veja trechos da entrevista coletiva de Nenê nesta quinta (21/04)
Intensidade. Essa foi a palavra mais repetida por Nenê na coletiva que precede o clássico com o Flamengo, domingo, às 16h (de Brasília), em Manaus, pela semifinal do Campeonato Carioca. Campeão da Taça Guanabara, com a vantagem do empate, invicto há 21 partidas e há oito sem perder para o rival, o Cruz-Maltino tinha motivos de sobra para enumerar pontos positivos para o confronto. O craque, por sua vez, liga o sinal de alerta e cobra atenção para seguir na busca pelo bicampeonato estadual.
Da série invicta que teve início em 8 de novembro do ano passado, dois jogos foram contra o Flamengo e com sentimentos opostos: a vitória por 1 a 0 em São Januário é vista como exemplo a ser seguido, enquanto o empate por 1 a 1 no Mané Garrincha, em Brasília, serviu para tirar lições. Nenê faz sua análise:
- Não temos que ficar pensando no que aconteceu (no empate em Brasília), temos que pensar para frente. Quando os jogos não são bons, temos que recordar para melhorar o que fizemos de errado. Vimos o que não fomos bem e acho que faltou a intensidade do jogo de São Januário, do primeiro minuto ao último. Contra o Flamengo, tem que ser muita garra e determinação.
O camisa 10 do time de Jorginho falou ainda sobre a expectativa para o sexto clássico contra o Flamengo. Com três vitórias, dois empates e um gol no retrospecto, ele disse:
- São jogos que todo jogador gosta de jogar. Decisivos, importantes, clássicos... A tensão, a adrenalina, a atmosfera é toda diferente. Será realmente bom. Dou meu melhor em todos os jogos e em decisões tenho a mesma intensidade.
O ritmo forte tão cobrado por Nenê, entretanto, tem um adversário: o forte calor de Manaus. Na partida que valeu o título da Taça Guanabara, contra o Fluminense, Luan passou mal, teve que ser substituído e muitos jogadores sentiram o desgaste. O meia-atacante, por sua vez, tenta se manter alheio para que o psicológico não atrapalhe ainda mais:
- Não acho um horário bom. Em Manaus, de noite são 30 e poucos graus. Nem sei na hora do jogo. Nem quero saber para não ficar abalado. Acabamos não correndo da maneira que queremos. Falta oxigênio. Às vezes, temos alguns obstáculos, mas temos que fazer de tudo para manter o nosso nível.
Com a vantagem do empate, o Vasco pega o Flamengo domingo, às 16h (de Brasília), na Arena da Amazônia, pela semifinal da Taça Guanabara. A outra semifinal do Carioca será entre Fluminense e Botafogo, também no domingo, às 19h, em Volta Redonda.
Confira outros tópicos da entrevista coletiva:
Oscilação
- É uma coisa normal. São tantos jogos diretos e não tem como um time jogar bem sempre. O adversário estuda o nosso time. Creio que podemos melhorar, sempre podemos, mas estamos voltando realmente a mostrar a intensidade do começo da temporada para conquistar as vitórias convencendo.
Vantagem do empate
- É uma vantagem que nós temos, mas não podemos pensar muito nisso. Se entrarmos para empatar, acabamos perdendo. Temos que ter o pensamento de conquistar a vitória.
Rodrigo x Guerrero
- Acho difícil citar um cara tão chato como ele (Rodrigo). Mas não é um cara desleal. Ele tem a cabeça dele, alguma rivalidade dele ou até da imprensa. Não sei o que aconteceu no passado. É um jogador que não deixa espaço para o atacante. É complicado. Não pode passar do ponto para não prejudicar a ele mesmo ou o time. Ele sabe disso, tem uma cabeça boa, sabe o momento certo de fazer as coisas sendo leal. Quando ultrapassa (o limite), tem problema, como da última vez. Faz parte do futebol, da rivalidade, mas que fique somente dentro de campo.
Invencibilidade contra o Fla
Isso é só antes do jogo. Não pensamos muito. É mais uma estatística de fora. Quando entramos em campo, esquecemos de qualquer coisa fora do objetivo. A concentração é somente na vitória.
Arena da Amazônia
Achei o estádio excelente, a torcida nos apoiou de maneira impressionante, e o gramado está muito bom. Essa é a diferença de Brasília.
Fonte: geMais lidas
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