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Veja os pontos que serão abordados na reunião do Conselho Deliberativo

O Conselho Deliberativo do Vasco vai se reunir na próxima segunda-feira, às 20h (de Brasília), na Sede Náutica da Lagoa, para conhecer novas denúncias contra o presidente do clube, Alexandre Campello.
 

Na convocação protocolada nesta quarta, o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, afirmou que há denúncias do Conselho Fiscal contra Campello.

As queixas do Conselho Fiscal dizem respeito ao que o presidente do órgão, Edmilson Valentim, considera falta de transparência da gestão, como a falta de entrega de documentos para análise - algo negado pela diretoria.

Junto ao documento foram anexados seis ofícios: quatro deles do Conselho Fiscal e outros dois assinados pelo vice-presidente de Finanças, João Marcos Amorim, e pelo próprio Campello.

Os ofícios da diretoria explicam que entendem que não compete ao Conselho Fiscal analisar o custo-benefício de um contrato individualmente nem a contratação individual de pessoal, mas apenas analisar a conformidade financeira, contábil e orçamentária dessas ações.

Em resumo, estes são os pontos abordados pelo Conselho Fiscal:

Apresentação do controle com a relação das contratações CLT e Pessoa Jurídica não foi apresentada pela diretoria, conforme a explicação nos ofícios;

Apresentação dos contratos de empréstimo dos atletas Giovanni Augusto, Werley, Paulão, Fabrício, Bruno Silva, Lucas Perdomo e Renato Kayser não foi feita pela diretoria, conforme a explicação nos ofícios;

Acesso aos orçamentos realizados junto a fornecedores/profissionais do departamento médico, para comprovação de que os valores estão em conformidade com as práticas de mercado. Também não foi fornecido pela diretoria, conforme a explicação nos ofícios.

Abuso de poder por acusar o Conselho Fiscal de utilizar suas ações como ato político e de vazar informações sigilosas

Pedido de explicações sobre empréstimos obtidos junto a Carlos Leite (cerca de R$ 4,3 milhões) e ao banco BMG (cerca de R$ 19,3 milhões). No caso de Leite, o Conselho Fiscal entende que o Conselho Deliberativo aprovou a captação de empréstimo junto a entidades financeiras, e não pessoas físicas.

 

Entenda a história

No início do mês, o presidente do Conselho Fiscal, Edmilson Valentim, se reuniu com alas da oposição para apresentar documentos que questionam a gestão de Campello. Entre eles estavam os ofícios anexados na convocação do Conselho Deliberativo.

O Conselho Fiscal também se absteve de dar um parecer sobre as contas do primeiro ano da gestão de Campello. A alegação é de que não recebeu documentos suficientes para analisar.

Em nota oficial em 15 de abril, a diretoria do Vasco afirmou que entregou 37 documentos diferentes ao Conselho Fiscal:

- São mais de 1.000 páginas de documentação entregues para análise. Todos os ofícios foram respondidos. Sempre com protocolo na entrega em nome aos três componentes do Conselho Fiscal. 90% da documentação solicitada foi encaminhada até o mês de janeiro desse ano, sendo que as últimas entregas foram realizadas no dia 20 de março de 2019 - diz a resposta do Vasco.

Sobre o empréstimo com Carlos Leite, o Vasco explicou que optou por esta via devido à dificuldade em levantar os recursos necessários via instituições financeiras:

- Tendo em vista a dificuldade em contratar os recursos junto ao mercado e premido pela responsabilidade decorrente dos atrasos, notadamente os atrasos de salários, acordos, parcelamentos fiscais e fornecedores, o Clube recorreu a um mecanismo similar ao de um empréstimo-ponte com o empresário Carlos Leite. A estrutura dessa operação permitiu a captação imediata dos recursos para realizar o pagamento das principais obrigações vencidas com o pagamento mediante os recursos obtidos junto ao mercado em curtíssimo prazo. Em relação às condições financeiras, destacamos: (i) Taxa de Juros: 0% a.m.; (ii) Garantias: nenhuma.

Fonte: (ge)