Veja o que Jorginho disse depois do empate com o Luverdense
Perseverança. Esta foi a palavra utilizada por Jorginho para tentar ver de maneira mais otimista a atual situação do Vasco na Série B. Após o empate em 1 a 1 com o Luverdense em São Januário, o time caiu para a terceira posição e viu a distância para o quinto colocado se reduzir a dois pontos. O treinador admitiu o momento difícil, mas ressaltou que o Cruz-Maltino depende apenas dos próprios esforços para conseguir o acesso.
- Estamos em um momento difícil, extremamente delicado. Sabemos disso. A gente lamenta muito o que o nosso torcedor está passando, sofrendo com isso. Sabemos que o torcedor é um apaixonado, que sofre com a situação. Nós, profissionais, estamos fazendo de tudo, treinamento de finalização, de cruzamento, de penetração. As coisas não têm saído bem. Tivemos vontade no primeiro tempo. Não poderíamos ter tomado aquele gol de bola parada. Jordi até fez uma boa defesa. A equipe deles veio com a proposta de jogar nos nossos erros. Agora, meu amigo, é perseverança. Não podemos desistir. Depende só de nós. Acreditamos muito que vamos subir.
O Vasco volta a treinar na tarde desta quarta-feira, em São Januário. No próximo sábado, visita o Bragantino, às 16h30 (de Brasília), no estádio Nabi Abi Chedid, pela 36ª rodada da Série B.
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Motivos para a fase ruim
- A bola não está entrando. Estamos criando até algumas oportunidades, mas está faltando eficiência necessária. Estamos criando oportunidades. A bola desvia, bate em alguém. É um momento difícil que temos ultrapassar. Só existe uma forma de sair dessa situação: ganhando os jogos. Vamos ter a vantagem de ter um confronto direto com um desses que estão lutando para entrar no G-4. É fundamental nós fazermos o nosso resultado.
Parte psicológica interfere?
- Interfere. Quando você está sob pressão, intranquilo... O ideal é fazer o simples. O simples acaba sendo eficaz e dando um bom resultado. Estamos tentando fazer. Eu não saio de casa, não estou dormindo direito, buscando uma forma de a equipe sair dessa situação e alcançar o objetivo. Nossa vida é de altos e baixos. Passamos momentos maravilhosos no início do ano. Infelizmente, as coisas não estão indo bem, e é o momento de a gente se abraçar. Já passamos por situações mais difíceis.
Como explicar os públicos baixos
- A culpa é toda nossa. Torcedor não tem nenhuma culpa. Tenho certeza que se estivéssemos jogando de uma forma vistosa, com um futebol convincente, o torcedor estaria aqui. Nossa proposta era estarmos classificados a sete ou oito rodadas do fim. Criou-se uma expectativa muito grande porque estávamos ganhando no início do ano. Do Flamengo, do Botafogo, do Fluminense. Grandes equipes. Criou-se essa expectativa para a Série B. Nossos jogadores não são jogadores que costumam disputar uma Segunda Divisão. Conseguimos manter o plantel para esse ano, mas a forma de jogar é diferente. Vimos hoje. Não é um jogo bonito, mas é forte. Zagueiro entrando com o joelho nas costas do Thalles. A culpa é nossa. Eu, como treinador, como líder dessa equipe, tenho que responder por isso.
Ineficiência em campo
- Eu só quero dizer que a equipe não jogou mal. Não foi eficiente naquilo que precisava. Estávamos há oito jogos sem tomar gol de bola parada. Precisamos realmente entender. Estamos lutando, trabalhando, as jogadas saem. Mas quando a coisa estava boa, a bola batia na trave, e o Luan tirava. Quando a fase está boa, as coisas correm bem. Quando está ruim, há essas dificuldades. Eu falei para os jogadores: desistir jamais. Vamos continuar para talvez na penúltima rodada a gente já estarmos classificados.
Erros excessivos de passe
- Os erros de passes foram reais. Nosso meio-campo errou muito. Isso passa pela ânsia de fazer a coisa certa. Acaba dando passe errado, escolhendo o jogador errado para passar a bola. Isso acontece muito quando há uma instabilidade. Hoje aconteceu muito isso. Precisamos corrigir.
Já pensou em sair do Vasco?
- Sabemos como é o futebol brasileiro, mas eu sou o cara que vai até o fim. Já passei por muitas lutas, já perdi pessoas amadas da minha família e nem por isso deixei de acreditar que a vida é bela, que vale a pena investir em gente. Eu não desisti de investir em gente, em vidas e levo isso também para a minha vida profissional. Aqui, o presidente tem uma forma diferente de trabalhar, é muito olho no olho. Se acontecesse algo, falaria antes de eu vir dar entrevista. Acredito que vamos classificar. Só lamento fazer com que o presidente, a diretoria e o torcedor passem por esse momento difícil. Queríamos realmente fechar o ano com chave de ouro.
Trabalhar sob pressão
- Não é fácil, é difícil realmente trabalhar com pressão. Mas é uma realidade na qual nos encontramos. Nós temos jogadores experientes para isso. Precisamos nos abraçar e acreditar que é possível passar por essa situação. Vamos mostrar para os jogadores o Bragantino.