Veja as mudanças de Jorginho no comando técnico do Vasco
Assim que assumiu o comando, Jorginho tentou emplacar a crença de que a salvação era possível. Com a equipe afundada na tabela e os jogadores cabisbaixos, o discurso pareceu forçado. Em 36 dias, o treinador convenceu os atletas, mudou o ambiente e, principalmente, os resultados. Após oito jogos no Brasileiro, tem o melhor aproveitamento de um técnico do Vasco na competição. E a esperança voltou.
— É claro que a probabilidade (de permanecer na Série A) ainda é pequena. Temos que trabalhar com fé. Seria uma oportunidade maravilhosa. Ficar na primeira divisão seria histórico, e todo mundo vai ser lembrado por isso — disse o meia Nenê.
Hoje, o risco de queda do Vasco é de 95%, segundo os cálculos do matemático Tristão Garcia. Mas outros números permitem que Nenê sonhe. Sob o comando de Jorginho, o time vive o seu melhor momento no torneio. Até agora, foram três vitórias, um empate e quatro derrotas. O aproveitamento de 41,6% pode parecer pequeno, mas é superior aos 30,3% que a equipe obteve no Brasileiro sob o comando de Celso Roth, e aos 12,5% obtidos com Doriva.
Para alcançar o feito que Nenê chama de histórico, de acordo com Tristão, o time precisa, nas 11 rodadas que restam, de desempenho igual ao do Corinthians. Com aproveitamento de 70,4% , a equipe conquistará os 23 pontos que vão livrá-la da queda.
— Pode parecer difícil, mas não é tão assustador assim. É mais fácil ter um desempenho de 70,4% em 11 jogos do que em 27 (partidas disputadas até agora) — explica Tristão.
Não é à toa que o Vasco se reergueu sob o comando de Jorginho. O tempo em que Celso Roth treinou o time é considerado, nos bastidores, como um período de trevas na Colina. O treinador era visto como arrogante por jogadores e por outros profissionais, e fechado a opiniões alheias, o que deixou o grupo desestimulado.
Com Jorginho, o diálogo com a preparação física, fisiologia, nutrição e psicologia voltou a existir. Na parte tática, a falta de padrão (problema reclamado por todos os atletas) deixou de existir. Além disso, na base da conversa, o técnico convenceu cada um de sua importância para o grupo e evitou problemas entre os barrados, como Guiñazu, que era o capitão da equipe.
— Ele acrescentou confiança. Frisou que veio para cá porque confiava no grupo, que o time podia se livrar. E a cada jogo ele falou, e mostrou, que todos eram importantes. Essas duas partes foram fundamentais para recuperarmos confiança e conquistarmos os resultados — finalizou Nenê.
Fonte: ExtraMais lidas
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