Veja a entrevista coletiva completa de Doriva
Faltou o pequeno "pequeno detalhe". Ou melhor, muitos pequenos detalhes. Já são dois jogos no Brasileiro e o Vasco chega ao segundo empate por 0 a 0 na competição. O lado bom está numa estatística simples: a defesa do time, que sofreu 18 gols em 24 jogos no ano, garante a maior invencibilidade do país na Série A. São nove jogos sem perder. Mas a parte ruim é que o ataque vem marcando muito pouco. Desta vez, contra o Figueirense, no Orlando Scarpelli, porém, o enredo foi bem diferente da pobre partida vascaína contra o Goiás. Em Florianópolis, o time de Doriva criou, pelo menos, seis chances de gol, mas não conseguiu fazer sequer unzinho no goleiro Alex. (assista aos melhores momentos abaixo)
O terceiro empate consecutivo - o Vasco empatou no meio da semana passada contra o Cuiabá pela Copa do Brasil - não preocupa ainda o técnico Doriva. O treinador vê sinais de consistência na equipe e confia que a bola vai voltar a entrar e o time vai conseguir subir na tabela. Cauteloso nas declarações, Doriva não foi taxativo sobre as distantes pretensões do clube em brigar pelo título, mas deixou um recado: é preciso confrontar a realidade.
- Temos que ter os pés no chão. Sabemos o tamanho da marca Vasco e que sempre briga por título. Temos que nos preocupar em sermos consistentes e equilibrados. Assim vamos lutar por posições intermediárias para depois galgar coisas maiores na competição. - disse o treinador.
Confira abaixo a íntegra da coletiva do treinador do Vasco:
Autocrítica de Gilberto e gols perdidos
Ele é um jogador espontâneo, que fala o que pensa. Acho que criamos muito no primeiro tempo, fizemos uma excelente primeira etapa, mas não conseguimos fazer os gols que mudaria bastante a partida. No segundo tempo tivemos mais dificuldades, eles conseguiram crescer na partida. Queríamos vencer, mas saímos com um ponto. O time deles é viril, joga duro aqui, mas o primeiro tempo nos dá um parâmetro bacana do que queremos. Viemos de sequência de viagens e, por mais que tenhamos todos cuidados, os jogadores sentem. No segundo tempo, o Figueirense conseguiu ter volume maior de jogo e tentamos fazer mudanças para ter um up grade e surpreendê-los, mas hoje não conseguimos.
Dois empates
Temos um time consistente. Temos que trabalhar mais porque a vitória vai voltar, vai vir no momento certo. Tenho confiança de que a bola vai entrar e os gols vão voltar a sair. Hoje criamos "n" situações no primeiro tempo. Na sequência dos jogos vamos voltar a fazer os gols.
Dagoberto no meio
Ele tem se movimentado bastante e tenho gostado das suas partidas assim no meio de campo. Ele foi participativo e efetivo no setor. Claro que depois cansou e sentiu o jogo. Ele não fez muitas partidas este ano e ainda não está na melhor forma física. Mas a improvisação dele ali não me preocupa. Mesmo sem um meia no primeiro tempo ficou evidente a capacidade de criar, fizemos situações de gols. Acho que faltou um pouco de penetração na área.
Falta de gols
Faltou fazer os gols, é evidente, criamos, tentamos, chutamos, mas faltou o pequeno detalhe. O pequeno detalhe que faz toda a diferença. Vamos trabalhar para consertar e conseguir fazer a bola entrar. Mas acho que o time jogou bem, mostrou volume de jogo e consistência, se sobrepondo ao Figueirense. Depois, acho que bateu um pouco de cansaço, de desgaste, da sequência de viagens. Bem ou mal, jogadores sentem.
Erros de Serginho
Ele é um jogador voluntarioso, combate muito e participa muito do jogo. A bola passa muito nos pés dele e os erros acontecem. Temos que procurar minimizar isso, caprichar mais, ser mais eficiente, mas o erro faz parte.
Seis amarelos
O árbitro toma as decisões que acha correto, às vezes o questiono, mas sempre com educação. Ele é um ser humano, erra como todos nós. Acho que ele fez boa arbitragem.