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Vasco x Fla: família de torcedor agredido não vê saída

A dor, o desespero e a saúde frágil têm impedido que a mãe de Germano Soares de Sousa, Sônia Regina, visite o filho no Hospital Souza Aguiar, no Centro. Emocionada, ela relatou seus momentos de angústia, desde o espancamento do torcedor rubro-negro, na noite de sexta-feira, durante briga contra vascaínos, após jogo entre os dois clubes pelo Carioca de Basquete.

- Sou mãe e não abandonarei meu filho. Desde sexta-feira que só sei sofrer. Mas ele vai sair dessa com a ajuda de Deus - disse Sônia.

Por causa do envolvimento em brigas entre torcedores, Germano, de 44 anos, tem um histórico de acusações policiais, algumas já arquivadas. A pior delas ocorreu em novembro de 2005. Foi apontado pelos policiais suspeito de matar a golpes de foice o torcedor do Botafogo Rafik Tavares Cântio.

- A paixão dele pelo Flamengo é maior do que tudo e nada podia fazer para afastá-lo das brigas. Ele já desfez dois casamentos porque suas mulheres o mandaram escolher entre elas e a paixão pelo Flamengo – afirmou Sônia, de 62 anos.

Segundo Sônia, além de Germano, as atenções da família estão voltadas para a filha mais velha do torcedor, que tem 22 anos e está grávida de oito meses. Será o segundo neto dele, que é avô de uma menina de um ano. Sua outra filha tem seis anos.

– O corpo está perfeito, mas a cabeça ficou desfigurada. Bateram com paus, barras de ferro, pedras e deram pontapés. Fizeram para matá-lo – contou Sônia, que só foi ao hospital na noite da internação.

Estado de saúde ainda é grave

Até o início da noite deste domingo, o estado de saúde de Germano continuou sem alterações. Internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Municipal Souza Aguiar, o torcedor permanece em coma, respira com a ajuda de aparelhos e corre risco de morte.

Nesta segunda-feira, ao término das 72 horas em que foi internado, os médicos farão a primeira avaliação de seus ferimentos. Germano precisará passar por nova cirurgia para a reconstituição da face. Mas, o novo procedimento cirúrgico só será realizado após afastado do risco de morte.

Fonte: Lancepress