Torcida

Vasco utiliza apoio do torcedor para fugir do rebaixamento

No balanço, a intensa noite do último domingo no Maracanã trouxe mais notícias ruins do que boas para o Vasco. O time não venceu o Santos, perdeu Juninho para o restante do ano e agora se vê diante de dois duros jogos fora de casa, contra Grêmio e Corinthians. Mas a ordem em São Januário é buscar forças de onde for possível. Da reação do time após estar perdendo por 2 a 0 para o Santos, do apoio de mais de 56 mil torcedores no Maracanã, além de transformar a lesão de seu principal jogador em fator de mobilização.

A começar pelo técnico Adílson Batista. Ele falou em tom de agradecimento à torcida e tentou transmitir uma mensagem de otimismo. Antes dele, o próprio Juninho já dissera que, sem o torcedor, o Vasco poderia até ter sido goleado pelo Santos no Maracanã.

— Nas circunstâncias, a participação da torcida será muito importante. Vivemos uma sensação de alerta, faltam cinco rodadas e é possível. Mas a dificuldade é enorme — disse Adilson, que tenta conduzir o time mesmo estando há pouco tempo no cargo e sem ter condições de conhecer a fundo o elenco. — Tenho ouvido muito o Ricardo Gomes, Carlos Germano, Jorge Luiz,os preparadores. Todos tentam ajudar.

Em campo, os jogadores já se sentem órfãos de Juninho. E tentam fazer do problema do companheiro um combustível para o restante do ano.

— O Juninho é um cara formidável, querido por todos aqui no Vasco. Então, vamos abraçar isso como estímulo. A lesão nos abalou, é nosso capitão, o cara que nos comanda no vestiário. Agora, teremos que assumir esta responsabilidade de dar algo a mais — disse o zagueiro Cris, afirmando que boa parte da responsabilidade deve ficar com os mais velhos do elenco. — Eu e os mais experientes temos que assumir isso. Eu já estava assumindo. E, com a saída do Juninho, terei que fazer muito mais. Além de outros, como Edmílson e Wendel. A perda foi grande para o grupo. Mas não temos tempo e precisamos enfrentar.

A mobilização do elenco do Vasco é, também, para que Juninho não encerre a carreira diante da grave lesão, que deverá exigir ao menos três meses de recuperação. O jogador afirmara que, ao final deste ano, decidiria se iria continuar jogando futebol.

Para o jogo com o Grêmio, quarta-feira, em Porto Alegre, o técnico Adílson Batista não terá o lateral esquerdo Yotún, suspenso. Como Henrique está machucado, o treinador deverá ser obrigado a improvisar. O volante Wendel pode ser o escolhido para a posição.

Fonte: Globo Online