Futebol

Vasco tentou contratar Wellington Nem

Aos 20 anos, Wellington Nem ainda não tem carteira de motorista. Todo dia, faz o trajeto de ida e volta entre Campo Grande e Laranjeiras de carona no carro do amigo Valdeir. No Fluminense, ele também chegou como coadjuvante, sem ocupar o banco principal, mas aos poucos vem se tornando um dos destaques da equipe. A infiltração tomada no tornozelo para encarar o Botafogo foi um exemplo. E ele garante que, se for preciso, repete o gesto na final de hoje.

— Vale a pena. Vou dar tudo para ser campeão. Depois a gente vê como fica a dor — disse o meia-atacante.

Seus números já são de motorista. De todos os jogadores avançados do Tricolor, ele lidera nos quesitos assistência (duas), cruzamentos certos (seis), dribles (21) e posse de bola (07m31s). Além disso, é o artilheiro da equipe, ao lado de Araújo, com três gols. Se ele tivesse aceitado a proposta do futebol russo, no fim do ano, nada disso seria possível.

— Eu não queria, nem meu pai. Estou feliz. Valeu muito a pena.

Hoje, Nem pode levantar sua primeira taça pelos profissionais do Fluminense. Mas não será a primeira volta olímpica. Em dezembro de 2010, ele foi ao Engenhão assistir à conquista do Brasileiro e conseguiu comemorar ao lado dos jogadores.

Curiosamente, seu primeiro título pode vir em cima do clube onde quase foi jogador. Depois de entrar em 2003 no América, o Vasco tentou levá-lo para São Januário, mas não conseguiu um acerto com o clube tijucano, o que o Tricolor obteve em 2005.

Hoje, querido e com prestígio, Nem pode sair de campo herói do título. Aí só vai ficar faltando a habilitação, que ele promete providenciar em um mês.


Nota do SuperVasco: A reportagem foi escrita ontem, 26/02/2012

Fonte: Extra