Clube

Vasco tenta antecipar parcela da Caixa e quitar salários de outubro

O Vasco espera entrar na última semana do ano do Brasileiro com apenas um pensamento: escapar do rebaixamento para a Série B. Para isso, solicitou à Caixa Econômica Federal a antecipação da segunda parcela da cota anual de R$ 15 milhões. A primeira parte do pagamento foi recebida pouco depois da assinatura do contrato com o banco estatal, somente no fim de agosto, após longo processo judicial. Na semana que vem, após o pedido passar pela burocracia interna da empresa, o Vasco deve receber parte da segunda e da terceira parcela para pagar os salários de outubro, atrasados.

O pagamento dos R$ 15 milhões - pelo contrato de exposição na camisa do Vasco por um ano - estava combinado de ser realizado em três parcelas: a primeira no ato de assinatura entre as partes (R$ 5 milhões), a segunda para meados de dezembro e a última em março. Com cerca de 600 funcionários e um elenco profissional que custa cerca de R$ 4 milhões, o clube de São Januário quitaria o antepenúltimo mês do ano com dinheiro de patrocinador. Anteriormente, as vendas de Douglas, em janeiro, de Dedé, em maio, mais o empréstimo de Eder Luis e a transação por Danilo, ambas no segundo semestre, garantiram a entrada de cerca de R$ 25 milhões, consumidos no pagamento de salários, de dívidas e em novos acordos.

Ao montante de R$ 25 milhões em negociações de direitos econômicos de quatro jogadores ainda deve ser somada a venda de Marlone. Em 2012, para efeito de comparação, o Vasco negociou Rômulo, Diego Souza, Fagner e Allan, entre outros, em vendas de R$ 30,8 milhões, segundo balanço oficial publicado pelo clube. O camisa 30 da Colina deve sair por pouco mais de R$ 6 milhões, o que já vai fazer o clube superar a quantia do ano passado. Com o dinheiro, o Vasco também espera quitar o pagamento dos últimos meses do ano.

A previsão é de que o Vasco termine o ano com R$ 170 milhões de receitas. Em 2012 e 2011 este número beirou os R$ 140 milhões. Apesar do recorde, o clube ainda se vê refém da venda dos seus ativos - ou seja, jogadores - e da verba de transmissões de jogos pela televisão. A reformulação do programa de sócios não atingiu a importância estimada pela diretoria, que fazia planos de captar dividendos com a imagem de Juninho. Para completar o quadro, as contas do exercício de 2012, com muito atraso, só devem receber parecer do Conselho Fiscal ao final do Brasileiro. Hoje, a tendência é de novo documento reprovando a contabilidade praticada em São Januário.

Fonte: ge