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Vasco tenta acordo com Nissan após rescisão unilateral

RIO - Num clube atolado em dívidas, com salários atrasados e precisando, ao mesmo tempo, reduzir a folha salarial do futebol e recompor o elenco para a temporada, a decisão da Nissan, patrocinadora do uniforme, de rescindir o contrato pode agravar ainda mais o buraco financeiro. Mas o Vasco negocia com a montadora um acordo para o rompimento. O clube espera receber uma indenização e abrir espaço para a busca de um novo patrocinador.

Em julho do ano passado, a Nissan firmou contrato para estampar sua marca na camisa vascaína por R$ 7 milhões anuais. A briga de torcidas no jogo contra o Atlético-PR, em Joinville, levou a empresa, preocupada com danos à sua imagem, à decisão de romper o vínculo. Seguindo orientação do departamento jurídico, o Vasco mantém a logomarca da montadora no uniforme porque o contrato ainda está em vigor, mas o que se anunciava como uma batalha nos tribunais tende a terminar em acordo nas próximas semanas.

Clube e patrocinadora estão negociando o pagamento de indenização ao Vasco, já que ainda restam mais de três anos de contrato. Na assinatura, o Vasco recebeu à vista o valor relativo a um ano de compromisso (R$ 7 milhões). Se não houver acordo para a rescisão, aí sim o clube pedirá um ressarcimento na Justiça. Não havia no contrato previsão de multa para o rompimento. Segundo dirigentes vascaínos, a empresa está propensa a negociar o fim do compromisso, em vez de pedir uma rescisão unilateral nos tribunais.

— O Vasco não ficará no prejuízo. Já estamos negociando a rescisão. Creio que não demore muito — disse o advogado vascaíno Gustavo Pinheiro.

O elenco viajou na noite de quinta-feira para a pré-temporada em Pinheiral, no Sul Fluminense. O time voltará para a estreia no dia 18, contra Boavista.


 

Fonte: Extra