Vasco teme ação de R$ 2 mi de salários atrasados de C. Alberto
O processo envolvendo a renovação de contrato do meia Carlos Alberto divide o Vasco e dificilmente terá final feliz para o camisa 10. A permanência em São Januário é apoiada por Paulo Autuori e Ricardo Gomes, mas questionada pelo presidente Roberto Dinamite e o diretor geral Cristiano Koehler. A administração ainda não procurou o jogador para conversar apesar de temer uma ação na Justiça pela cobrança de cerca de R$ 2 milhões de salários e direitos de imagem atrasados.
Carlos Alberto manifestou internamente a insatisfação com o caso e tem usado um discurso de despedida ao conversar com pessoas próximas. O compromisso atual se encerra no dia 2 de agosto. O Cruzmaltino sinalizou apenas informalmente com uma redução salarial e seis meses de vínculo.
O UOL Esporte apurou que o meia não vê problema em ter o vencimento encurtado, mas discorda do descaso da diretoria na negociação. Carlos Alberto esperava ao menos uma sinalização sobre o futuro pouco mais de um mês para o término do contrato. O treinador Paulo Autuori e o diretor executivo Ricardo Gomes aprovaram o atleta. Porém, o caso está parado em razão do alto valor devido ao meia.
A administração Roberto Dinamite chegou a negociar o parcelamento da dívida de quase 11 meses de direitos de imagem e dois meses de salários atrasados. O montante de cerca de R$ 2 milhões não foi quitado. Carlos Alberto deseja permanecer e confeccionar novo acordo para receber as pendências.
Por outro lado, o departamento jurídico cruzmaltino está ciente do risco de o atleta entrar com uma ação na Justiça cobrando R$ 2 milhões e demais direitos trabalhistas caso não siga em São Januário. Desta forma, o Vasco ganharia mais um credor e perderia um dos líderes do elenco. Impaciente com a situação, o técnico Paulo Autuori não esconde o descontentamento.
Vamos aguardar os próximos dias. A coisa está meio confusa. Isso tudo deixa o jogador com o foco fora do que é normal. Acho que o clube tem que definir rapidamente a situação, afirmou o comandante.
Além do impasse em relação ao contrato, Carlos Alberto encara o problema pelo caso de doping por Hidrocloratiazida (diurético que combate a hipertensão arterial) e Carboxi-Tamoxifeno (tipo de hormônio) no Campeonato Carioca. O Pleno do TJD recorreu da absolvição de 22 de maio e um novo julgamento será marcado nos próximos dias. O camisa 10 ainda pode pegar uma suspensão de dois anos.