Vasco tem diversificado a produção ofensiva
Quando o Vasco tinha uma chance de gol no fim de 2015, era muito em função de treinamento. Não por conta de jogadas em velocidade, mas exatamente o contrário. Se no ano passado a bola parada foi uma arma vital para o Cruz-Maltino na arrancada contra o rebaixamento, em 2016 isso mudou. No Campeonato Brasileiro, o Gigante da Colina marcou 60% dos gols sob o comando de Jorginho em pênaltis, faltas ou escanteios. No Campeonato Carioca, a situação é diferente: são 20 gols, apenas seis deles em lances parados, o equivalente a 30%. Para o treinador, a diversificação é fruto do tempo de trabalho com o elenco.
- Creio que é o tempo que nós tivemos de trabalhar, algumas situações que eram muito difíceis de trabalhar no ano passado. Era uma equipe que fazia muita ligação direta. Não tivemos tempo quando eu assumi. É uma coisa que a gente vem trabalhando. Nossa equipe não está mais estática, estamos nos movimentando melhor - analisou Jorginho.
A bola parada foi tão fundamental no returno do Campeonato Brasileiro que durante oito partidas o clube só chegou às redes dessa forma. Da 27ª rodada, quando o zagueiro Rafael Vaz marcou contra o Sport, até o gol de Rafael Silva sobre o Palmeiras na 34ª, o Vasco marcou oito vezes seguidas em oportunidades criadas por faltas, escanteios ou pênaltis. E apesar de manter praticamente os mesmos jogadores no time titular, a realidade de hoje é bem diferente.
Das 20 vezes em que marcou no Carioca, apenas seis vieram de lances parados. Foram elas: três pênaltis de Nenê, contra Madureira, América e Volta Redonda, a finalização de Rafael Vaz, na falta contra o Flamengo, a cabeçada de Riascos contra o Friburguense, em cobrança de escanteio, e o gol de Luan contra o Bangu após falta de Andrezinho. Apesar do torneio estadual ter um nível técnico menor, a equipe tem mostrado maior repertório de opções ofensivas do que no ano passado. Exemplo disso é a parceria entre Eder Luis e Riascos, responsável por três gols na temporada.
Atacantes voltam a ser artilheiros; Nenê segue maestro
Nos tempos em que a bola parada era a principal arma do Vasco, os defensores se tornaram peças importantes, marcando inclusive mais que os atacantes cruz-maltinos no Brasileiro. Com os três gols de Rodrigo, os dois do lateral-esquerdo Júlio Cesar e um do zagueiro Rafael Vaz, a linha defensiva na Era Jorginho somou seis gols contra cinco dos jogadores mais ofensivos. Rafael Silva marcou três vezes e Riascos e Leandrão, com um cada, fecham a lista.
O ano de 2016 tem se mostrado como um período de redenção para os centroavantes vascaínos. Riascos já marcou seis vezes e é o artilheiro do time. Na ausência dele, Thalles deu conta do recado e fez quatro gols no Carioca. Outro atacante que também aparece bem no começo de temporada é Eder Luis, que apesar de não ter balançado as redes, deu três assistências.
Se os atacantes voltaram à melhor forma, Nenê não perdeu a sua. Em grande fase desde que entrou no time, o veterano de 34 anos ainda é o principal articulador de jogadas. Em 2015, o camisa 10 fez nove gols - sendo seis de pênalti. Esse ano, o meia já deixou a bola no fundo das redes cinco vezes. Nenê também é um garçom. No Brasileiro, deu quatro assistências, o mesmo número desse ano, sendo o líder do Vasco nesse quesito e o atleta com maior participação ofensiva da equipe.
Fonte: geMais lidas
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