Vasco se inspira no Expresso da Vitória para vencer o Libertad
No dia 14 de março de 1948, o Vasco de Friaça, Danilo e Barbosa, conquistava o Sul-Americano, o primeiro torneio vencido por um time brasileiro no exterior.
Hoje, às 22h, o desafio da equipe de São Januário não é decisivo como aquele contra o River Plate no Estádio Nacional do Chile. O triunfo sobre o Libertad em Assunção, no Paraguai, não vale título, mas mostrará a força dos cariocas em terras estrangeiras após duas partidas em casa.
Contra os argentinos há 64 anos, o empate garantiu a taça de campeão. Repetir tal resultado não é a melhor estratégia para o Vasco, que perdeu em casa na estreia e precisa recuperar os três pontos. Sair hoje do Estádio Nicolás Leoz com a vitória representa mais ainda.
Coloca o time perto da classificação à próxima fase e com tranquilidade para seguir no caminho de momentos gloriosos como os de 48 e de 98.
Ganhar a América, no entanto, não é fácil. Seja em que década for. Ao contrário da hospitalidade cedida aos adversários em São Januário nos dois primeiros jogos, o Vasco não encontrou boa vontade em Assunção.
O time não pôde treinar no estádio do Libertad. O clube paraguaio alegou que é proibido usar o gramado com chuteiras para evitar o desgaste do campo. A liberação só aconteceria se fossem usados tênis no reconhecimento.
O Vasco não aceitou e preferiu treinar no clube particular Rakiura, como já fizera na segunda-feira. Na próxima quarta-feira, ambos voltam a se enfrentar. Desta vez em São Januário. O clube carioca pretende manter a reciprocidade, proibindo o treino dos paraguaios em seu estádio.
As dificuldades externas não abalam a equipe, que também precisa superar os problemas internos. O técnico Cristóvão Borges ainda não conta com a melhor formação. Ao menos hoje ele terá pela primeira vez no ano peças fundamentais na temporada passada. Só que no banco de reservas. Éder Luís, Allan e Rômulo o último está de volta após mais de três meses longe dos campos serão as principais opções do treinador no banco vascaíno.
Não terá, no entanto, Juninho, que ficou no Brasil com a preparação física. Por opção da comissão técnica, que preferiu escalar o meia contra o Madureira em detrimento da partida contra os paraguaios por causa do desgaste. Em seu lugar, volta Felipe ao time titular.
MP abrirá processo
O Ministério Público vai processar o Vasco por causa da morte do menino Wendel Junio Vasconcelos, de 14 anos, que morreu no dia 9 de fevereiro durante peneira no CT da base do clube, em Itaguaí.
Registrado na 50aDP (Itaguaí), o caso ainda está em andamento.
Até o fim da semana, a polícia espera colher o depoimento dos pais do garoto e receber o laudo cadavérico do IML que apontará a causa da morte de Wendel.
O Vasco só irá se pronunciar em relação à sua defesa quando for notificado oficialmente sobre a abertura do processo. O vice-presidente jurídico do clube, Aníbal Rouxinol, reafirmou que o ocorrido foi uma fatalidade.
Libertad: Rodrigo Muñoz, Carlos Bonet, Joe Bizera, Ismael Bengas e Miguel Samudio; Sergio Aquino, Víctor Cáceres, Jonathan Santana e Luciano Civelli; Rodolfo Gamarra e Pablo Velázquez. Vasco: Fernando Prass, Fágner, Dedé, Rodolfo e Thiago Feltri; Nílton, Eduardo Costa, Felipe e Diego Souza; William Barbio e Alecsandro.
Juiz: Enrique Osses (Chile).
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal O Globo)
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