Vasco se comportou de duas maneiras diferentes no Brasileiro 2012
Rio - O golpe ainda pode até não ter nocauteado o time, mas, em São Januário, há quem ainda tente encontrar explicações para a queda de rendimento do Vasco no segundo turno do Brasileiro. O Gigante da Colina, que chegou a brigar pelo título na temporada, vem ladeira abaixo com uma sequência de quatro derrotas, perdeu a vaga no G-4 e, o mais importante, parece ter perdido as forças para brigar até a última rodada. Se fosse contar apenas com a campanha nas 14 rodadas do returno, hoje o clube estaria brigando para não ser rebaixado.
O desempenho tem sido muito abaixo do esperado pelos torcedores e, comparado ao rendimento no primeiro turno, mostra um Trem-Bala fora dos trilhos. Enquanto nas 14 primeiras rodadas da competição o Vasco acumulou 77% de aproveitamento, com apenas um derrota, e brigava pela ponta da tabela com o Atlético-MG, nos 14 jogos do segundo turno, até o momento, o time do técnico Marcelo Oliveira tem somente 38% de aproveitamento e seis derrotas.
Marcelo Oliveira tem somente 38% de aproveitamento e seis derrotas Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
O que aconteceu? Foi a falta de salários, a crise política, as vaias da torcida ou saída de alguns dos principais jogadores do grupo no meio da temporada? Em São Januário, é difícil ver jogadores e dirigentes encontrarem as mesmas palavras para as respostas. Entretanto, uma coisa é certa. Há algum tempo uma pesada pressão existe no clube e os atletas têm sentido o reflexo em campo.
Nesta quinta-feira, o goleiro Fernando Prass reconheceu o problema. Segundo ele, tudo acaba favorecendo para o atual momento ruim do time na competição. Ciente de que as chances de classificação para a Libertadores diminuíram após quatro derrotas seguidas - o clube tem apenas 8% de possibilidade -, o camisa 1 desabafou.
\"Confusão política, situação financeira ruim, perda de jogos importantes... Enquanto os outros clubes deram um ou dois passos para a frente e reforçaram seus grupos, nós demos um passo atrás. O ambiente nos outros clubes é mais tranquilo que aqui. Eles estão mais mobilizados, enchem os seus estádios. Aqui, criou-se um ambiente mais negativo por termos saído do G-4. Esses vários fatores, junto com a nossa queda de rendimento, contribuíram para esse momento do time, avaliou Fernando Prass.
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