Vasco quebra jejum e mostra que está de volta
Quando Fernando Prass levantou o inédito e tão sonhado troféu da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, após a conquista em cima do Coritiba, o Vasco sacramentou a sua volta por cima. Em pouco mais de dois anos, superou o trauma do rebaixamento, montou uma equipe competitiva e, com o título, voltou para a Libertadores. Além disso, encerrou um jejum de oito anos, excluindo a Série B de 2009, sem uma volta olímpica.
O mantra \"vamos devolver o Vasco ao lugar de onde nunca deveria ter saído\" nunca foi tão bem planejado e executado. Capitaneado por Rodrigo Caetano, o dirigente que ganhou status de camisa 10 ao profissionalizar o departamento de futebol, o projeto alcançou um êxito praticamente inimaginável pelos cruzmaltinos.
É bem verdade que o começo, em 2009, não foi dos mais animadores. Mesmo com um elenco duvidoso, principalmente em função do então descrédito do clube no cenário futebolístico, os dirigentes mantiveram a calma e repetiam que a reconstrução era um \"planejamento a médio e longo prazo\".
Com um time que só ganhou a confiança da torcida no decorrer da competição, o Vasco cumpriu a primeira missão e, mesmo sem o brilho característico de outras campanhas vitoriosas, conquistou a série B, retornando à elite do futebol brasileiro e devolvendo aos cruzmaltinos a esperança de dias melhores.
Em 2010, apesar da vontade da torcida em ganhar um título de expressão e mostrar aos rivais que o Vasco tinha voltado ao cenário, a temporada não foi das melhores, com exceção das chegadas de Felipe, Eder Luis e Zé Roberto no meio do ano, inaugurando uma \"nova era\" de contratações no clube. Após um período nebuloso, onde tinha que se contentar com a \"sobra\" do mercado, o Cruzmaltino voltou a investir.
O rascunho de um time competitivo ao final do último ano, apesar de não ir muito longe nas competições, era a senha que a diretoria já se movimentava para montar uma equipe, de fato, vencedora.
O investimento modesto na janela de fim de ano, resultando em um início de ano catastrófico, assustou, mas não diminuiu o apetite dos cartolas vascaínos, que reforçavam o discurso de que, após dois anos se reestruturando, 2011 seria o ano do Vasco. E, por enquanto, está sendo.
Com uma base pré-montada, faltavam os protagonistas, que chegaram rapidamente. Apostando no projeto, Diego Souza e Alecsandro chegaram para \"finalizar os trabalhos\" e ratificar o que todos afirmavam dentro do clube: \"a hora do Vasco estava chegando\".
Após o insucesso no Campeonato Carioca, ficou a lição de que uma nova decepção não seria mais admitida em São Januário. Sem se abalar e com uma campanha praticamente irretocável, o Vasco assumiu a responsabilidade e se encarregou de escrever um novo capítulo feliz na vitoriosa história do clube: o título inédito da Copa do Brasil.
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