Vasco promete não ajudar aos pequenos
Se depender do técnico Dorival Júnior, a zebra nordestina vai passar bem longe de São Januário, amanhã. O confronto contra o Campinense acendeu o sinal de alerta no Vasco. Dos sete jogos em que tropeçou na Série B, cinco foram contra adversários que frequentavam a parte de baixo da tabela. Ao mesmo tempo, o time de São Januário derrotou o agora líder Atlético-GO. Para não correr o risco de fazer o papel de Robin Hood, contra o lanterna, Dorival não quer saber de salto alto. Exemplos recentes não lhe faltam para exigir concentração e empenho máximo contra o fraco time paraibano, que, em 15 jogos disputados, perdeu 12 e venceu apenas três.
Coincidência ou não, a primeira derrota vascaína na competição foi justamente para um time que ocupava a zona de rebaixamento. O Paraná estava em 17º lugar quando bateu o Vasco por 3 a 1, no Sul. No jogo seguinte, a síndrome de Robin Hood voltou a atacar. Dessa vez, o adversário, o São Caetano, estava à beira da zona de descenso, na 16º posição da Segunda Divisão.
E por pouco o time de Dorival Júnior não amargou a segunda derrota consecutiva. A se julgar pelo futebol apresentado diante de sua torcida, o empate em 0 a 0 contra o time do ABC paulista saiu até barato. Enquanto isso, o Guarani, que não tinha nada com isso, aproveitou os dois cochilos vascaínos para assumir a ponta da tabela. Com os tropeços, o Vasco trocava a liderança pela quarta posição.
A partir daí a instabilidade cruzmaltina passou a ser visível. Tanto é que empatou cinco jogos consecutivos para desespero da torcida. Em um deles, contra o 11 º colocado, o Figueirense, o empate em 1 a 1, só não teve um gosto mais amargo porque o jogo foi disputado fora de casa. Com o suado pontinho conquistado, o Vasco acumulou 13 pontos e chegou à sexta posição. Mas a distância até o líder, o Guarani, ainda era longa: nove pontos. Uma diferença que poderia ser reduzida no jogo seguinte contra o Bragantino, até então em 13º.
Porém, mais uma vez o Vasco esbarrou em seus próprios erros e pela quinta vez consecutiva não conseguiu vencer. O novo empate, dessa vez em 0 a 0, empurrou, a equipe cruzmaltina para a oitava posição e acendeu de vez o sinal vermelho na Colina.
Mas ao vencer a Ponte Preta (3 a 0), o Vila Nova-GO (2 a 0) e o ABC (3 a 0), o time acumulou nove pontos e voltou à terceira posição. Com isso, a partida seguinte, contra o então 12º colocado, o Bahia, passou a ser encarada como decisiva para o Vasco encostar no líder. Mesmo embalado por três grandes resultados, o time de Dorival decepcionou em Pituaçu perdendo por 2 a 1 para a equipe baiana e caindo para a quinta posição.
Aloísio, opção para o 2º tempo
A se julgar pela diferença das campanhas na Série B, amanhã, a síndrome de Robin Hood ameaça rondar o estádio de São Januário. Mas, se depender da postura dos jogadores, essa coisa de tirar dos ricos para dar aos pobres tem hora para acabar.
Não tem essa coisa que, por eles estarem na última posição, nós vamos golear alerta o atacante Aloísio Chulapa, que deverá ser uma das opções de Dorival Júnior para o segundo tempo. Temos que continuar com os pés no chão e respeitar o adversário. Se vencermos por 1 a 0 com um gol do goleiro, está bom demais.
O zagueiro Gian é outro que repete o discurso de Aloísio.
Eles vêm de uma bela vitória sobre o Juventude e temos que respeitá-los. Mas temos que partir para cima se quisermos vencer.