Vasco projeta nove jogos para Dedé antes do adeus e quer lucrar R$ 17 mi
O Vasco sabe que não terá o zagueiro Dedé no segundo semestre. O diretor geral Cristiano Koehler e o técnico Paulo Autuori confirmaram o adeus em recentes entrevistas. Por isso, o clube abriu uma espécie de contagem regressiva e deseja lucrar ao menos R$ 17 milhões com a transferência do seu principal jogador. O compromisso atual vai até 2015, mas o capitão será negociado e não deve jogar mais pelo Cruzmaltino a partir do dia 30 de junho.
Até o prazo estipulado nos bastidores, Dedé deve entrar em campo mais nove vezes com a camisa do Vasco. São quatro jogos pela fase de classificação da Taça Rio e cinco pelo Campeonato Brasileiro. Caso consiga a classificação às semifinais do returno do Campeonato Carioca e a vaga na finalíssima contra o Botafogo, o camisa 26 terá mais quatro partidas para atuar. Como o Cruzmaltino entra apenas nas oitavas da Copa do Brasil pela quinta colocação obtida no último Brasileiro e a conquista da Sul-Americana pelo São Paulo, Dedé não é nome cogitado no elenco para a disputa do torneio.
A transferência é tratada como emergencial pela diretoria. Frequentemente com salários atrasados, o Vasco sabe que o montante da venda é fundamental para o chamado fôlego financeiro. O clube espera receber R$ 17 milhões pela negociação, possivelmente para o futebol europeu. Recentemente, o Corinthians buscou a contratação de Dedé, mas a administração Roberto Dinamite tem preferência por vê-lo fora do país e, desta forma, evitar reforçar um rival.
Em janeiro, o Cruzmaltino deu a cartada decisiva para obter lucro com o zagueiro a partir de junho. No momento em que o Corinthians assediou o jogador, a diretoria firmou parceria com o grupo DIS e revelou a alteração em duas cláusulas do contrato. A multa no valor de 7 milhões de euros (cerca de R$ 18 milhões) subiu para 10 milhões de euros (cerca de R$ 26 milhões). Além disso, o capitão não poderia ser negociado antes de 30 de junho.
O grupo DIS comprou os 45% da Liga Participações e se tornou parceiro do Cruzmaltino. Até então, Dedé era fatiado entre Vasco (45%), Liga (45%) e Villa Rio (10%). O clube segue com a prioridade de adquirir o restante dos direitos econômicos em caso de proposta oficial no valor pré-determinado, mas não tem condições financeiras para exercer a cláusula. Com isso, a expectativa otimista é a de que o negócio saia por 15 milhões de euros (cerca de R$ 38 milhões).
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