Futebol

Vasco precisa melhorar o quesito posse de bola

Roth reclama da pouca posse de bola do Vasco e tem razão: time é o pior do Brasileiro no fundamento

Exigente é apenas um dos adjetivos que podem ser atribuídos ao técnico Celso Roth. Ainda insatisfeito com o comportamento da equipe em determinadas situações, o treinador traçou um perfil de seu time ideal. As constantes reclamações sobre os passes continuam, mas agora Roth mirou um novo alvo: a posse de bola.

Quando chiou sobre os passes, o treinador não deve ter observado atentamente os números, indicadores de que a equipe vascaína tem excelente aproveitamento de 85% no fundamento. Desta vez, no entanto, o técnico tem razão. Dos 20 times que disputam o Campeonato Brasileiro, o Vasco é o que menos mantém a posse de bola.

Ainda inclinados a executar a principal característica da era Renato Gaúcho, o contra-ataque, os jogadores vascaínos trocam passes com eficiência, mas, justamente por isso, passam menos tempo com a bola em seus pés.

– O treinador tem sempre de ser perfeccionista.

Quero ver o meu time trabalhando mais a bola, esperando o momento certo de atacar.

Às vezes, o torcedor é impaciente, mas ele está no papel dele. Temos é de fazer o melhor – avaliou Roth.

Dos cerca de 41 minutos em que o Vasco teve de posse de bola no Brasileiro, o lateral-direito Thiago Maciel foi o mais participativo, com quase seis minutos. Por tanto tentar reaver a posse de bola, o time vascaíno acabou criticado pelo número excessivo de faltas no Campeonato Brasileiro. Celso Roth acredita que o caminho trilhado está certo e cita a última Copa do Mundo como exemplo.

– O perfil vencedor do futebol mundial é um time compacto, que saiba trabalhar a bola. Na Copa, a Itália foi campeã e chamou a atenção pela beleza? Não. Mas, sim, porque jogou compacta.

A mesma coisa com a França, que derrotou o Brasil – disse Roth.

Fonte: Lance