Vasco perde um dos seus maiores porta-vozes, Aldir Blanc
Caía a manhã feito um tributo
E um sóbrio trajando a faixa me lembrou um palhaço
A lua, tal qual o dono de um congresso
Pedia a cada nota fria um brilho de ordem e progresso
E nuvens, lá no mata-borrão do SUS
Chupavam manchas torturadas, que sufoco
Louco, o atlético com chapéu-coco
Batia continências mil pra noite do Brasil, acima de tudo, Brasil.
Que sonha com a volta do irmão do Henfil, com a volta do Henfil, con a volta do Brasil.
Com tanta gente que partiu num rabo-de-foguete. Com tanta gente que volta num foguete sem rabo.
Chora a nossa pátria, mãe gentil
Choram Marias e Clarices e Monicas e Marielles no solo do Brasil
Mas sei, que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente, a esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar
Azar, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista tem que continuar
Continue, Aldir Blanc.
O show tem que continuar como a sua obra.
Teu Vasco te espera.
Teu Brasil te venera.
Em verde da esperança.
Em amarelo que é sinal
Em Blanc que é paz.
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