Futebol

Vasco pega o Tigres pela primeira vitória e confia em pés que possuem laço a

Era uma vez um garoto iniciando a carreira no futebol em 2006 que ganhou um par de chuteiras de um campeão mundial interclubes. Seria novelesco demais se eles atuassem no mesmo time anos depois? Pois o Vasco, que enfrenta o Tigres hoje, às 19h30, pela segunda rodada do Campeonato Carioca (e será o primeiro grande a jogar no Estádio de Los Larios, em Xerém), conseguiu. E deposita nos pés 41 de ambos suas esperanças de obter a primeira vitória na competição.

Os meias Jéferson, o presenteado, e Carlos Alberto, o presenteador, têm 24 anos e são os personagens citados. Bira, empresário de Marcelinho Carioca, que estava no Brasiliense (DF) com Jéferson em 2005, é o primeiro elo entre os dois.

– Eu estava saindo do clube e o Bira me deu as chuteiras. Eu cheguei no Vasco e depois veio o Carlos Alberto. Quando o encontrei, eu me apresentei – explicou Jéferson.

Os dois atletas se conheceram em São Januário, mas Carlos Alberto, campeão domundo com o Porto em 2004, lembra do pedido que recebeu.

– Eu tinha um patrocinador de chuteiras e o Bira, que é meu amigo, pediu ajuda para um garoto do time de Brasília – disse Carlos Alberto.

Hoje dono da camisa 10 do Vasco (Carlos Alberto usa a 19), Jéferson chegou a desistir do futebol aos 17 anos. Ele se alistou na Aeronáutica, mas foi aprovado no Brasiliense.

– Durante os treinos, quebrei a clavícula e acabei dispensado do quartel – lembra o atleta, visto como joia atualmente no Cruzmaltino.

Responsáveis pela criação do Vasco e também por marcar os gols que o time precisa, os dois têm bom entrosamento não só quanto às chuteiras, mas também fora de campo.

– Ainda bem que serviu para alguma coisa, né? – disse, rindo, Carlos Alberto, quando o novo companheiro o contou a história que os unia.

E Jéferson só elogia o parceiro: – Ele é muito gente fina. Sou muito grato a ele por essa ajuda.

Sou muito grato a ele por essa ajuda
Jéferson, meia do Vasco

Eu estava saindo do Brasiliense, em 2005, e o Bira, um empresário, me deu umas chuteiras que o Carlos Alberto passou para ele. Eu as usei por muito tempo, mas hoje já são outras. Depois que cheguei ao Vasco, o Carlos Alberto foi contratado e eu fui me apresentar a ele, porque nós não nos conhecíamos pessoalmente. Ele é um cara muito gente fina.

Não sei se a chuteira que ele me deu sorte ou não (risos). Sei que eu sou muito grato por essa ajuda dele, logo no início da minha carreira.

Ainda bem que serviu para algo
Carlos Alberto, meia do Vasco

Eu sou muito amigo do Bira, empresário do Marcelinho Carioca, que, na época (entre 2005 e 2006), atuava pela equipe do Brasiliense.

Como eu tinha um patrocinador de chuteiras, o Bira me pediu para ajudar um moleque novo que jogava lá e, então, eu repassei para ele.

Quando cheguei no Vasco, o Jéferson veio falar comigo que ele era o garoto que havia recebido as minhas chuteiras.

Respondi para ele: “Ainda bem que serviu para alguma coisa, né?” (risos).

Fonte: Lance