Vasco oscila na temporada e acende sinal de alerta
Diferente das outras ocasiões em que subiu à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro, desta vez o retorno do Vasco da Gama à elite do futebol nacional tem um “q” a mais de expectativa. No site de apostas em futebol Squawka você pode deixar seus palpites para diversos jogos.
Esta expectativa vem muito em função da nova forma com que o clube vem sendo gerido. Após muitas discussões, os torcedores aprovaram e o time adotou o modelo de gestão da Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
A escolhida foi a empresa norte-americana 777 Partners, detentora de diversos clubes ao redor do mundo, em uma operação que chegou a R$ 1,4 bilhão. Apesar do valor vultuoso, o que mais agradou aos dirigentes e aos torcedores foram as cláusulas de produtividade e investimentos, dando a esperança de que o time seja sempre competitivo.
De cara, uma completa reformulação. Desde uma barca de atletas, que chegaram e outros saíram, até profissionais de diversos departamentos. A tão falada e esperada profissionalização do futebol era visualizada. Materializar esse trabalho é que era e ainda é o grande desafio, através de números, sobretudo dentro de campo.
O primeiro teste de força do Gigante da Colina foi a participação do time no Campeonato Carioca 2023. Após um desempenho negativo em 2022, contra os principais rivais neste ano e mesmo com um elenco repleto de caras novas, o time não se intimidou, mostrando poder de competitividade. Inclusive vencendo o maior adversário e quebrando um longo e incômodo jejum.
Para capitanear a nau vascaína e este projeto de reformulação, o escolhido foi o técnico Maurício Barbieri. Depois de um trabalho estável no Red Bull Bragantino, que levou o time a performances que superaram as expectativas, logo, conquistando os torcedores do time paulista, o profissional chegou ao Rio de Janeiro.
O nome de Maurício Barbieri estava longe de ser um consenso. Seu anúncio oficial, ou melhor, desde que era especulado, já gerava muitas críticas. Mas a nova diretoria, já sob o comando da empresa estrangeira, bancou a contratação, por entender que era o perfil ideal para as projeções ao time para a temporada de retorno à elite do futebol brasileiro.
Entre altos e baixos veio a eliminação na Copa do Brasil, diante do ABC. Um baque. Mas, se de todo erro se pode tirar algo positivo, o Vasco da Gama aproveitou o momento sem competições para focar totalmente no seu principal objetivo: corresponder no Brasileirão.
Nos primeiros seis jogos, o Vasco sofreu duas derrotas, uma para o Bahia e outra para o Santos, ambas em São Januário. Por outro lado, apenas uma vitória e outros três empates, somando seis pontos no início do torneio nacional.
O melhor momento até aqui no Campeonato Brasileiro 2023 foi diante do Atlético-MG, fora de casa. Poucos esperavam uma vitória. Mas ela veio. O Gigante da Colina não se intimidou, fez uma bela partida e voltou para casa com os três pontos na bagagem.
Em seguida, mais um adversário difícil: o Palmeiras, candidato fortíssimo ao título. Com a força da sua torcida, em São Januário, o Cruzmaltino chegou a abrir 2 a 0, cedendo o empate. Um resultado que deixou o gosto de “quero mais”, mas já esboçava também o poder de competitividade do time.
Analisar o trabalho de Maurício Barbieri, no comando do Vasco da Gama, é perpassar por uma verdadeira roda-gigante. Constantemente o técnico vascaíno vem dividindo opiniões entre os torcedores.
Sem um padrão de jogo definido, o Vasco da Gama, apesar de longe de ser um candidato ao rebaixamento, segue sem saber para onde vai na Série A, o que, legitimamente, preocupa os torcedores e acende o sinal de alerta. Mesmo com a consciência de que o time já não é mais o mesmo dos tempos amargos.
Apesar disso, fato também que o trabalho do treinador não pode ser ponderado de maneira isolada. O elenco ainda apresenta sérias carências, desde um volante, um camisa 10 de peso e atacantes. A pressão é presente sobre a diretoria.
Mesmo do time titular possuir uma espinha dorsal interessante, se percebe o quão limitado é o elenco quando se olha para o banco de reservas. Com poucas peças a sua disposição, o técnico precisa se reinventar com o que tem. Como diria o ditado: “tirar leite de pedra”.
Apesar do time ter sido um dos que mais gastou na janela de transferências, não há peças que permitam a rodagem em um campeonato tão desgastante fisicamente. A grande expectativa dos vascaínos é mais uma rodada de investimentos no meio do ano, o que deve permitir um grande fôlego na competição.