Futebol

Vasco negocia com outra fornecedora e pode encerrar relação com Penalty

Uma nova reviravolta pode marcar as negociações do Vasco com seu próximo fornecedor de material esportivo. Interessada desde o início do ano, a Umbro voltou à carga e pode fechar por três anos com o clube na próxima semana. O diretor geral, Cristiano Koehler, cuida do assunto e tem carta branca para indicar a solução. A Penalty, por outro lado, já estaria disposta a fechar por seis meses para que a próxima administração, eleita em 6 de agosto, resolva posteriormente.

O contrato de cinco temporadas com a atual parceira acabou na segunda-feira. Elenco e comissão técnica vão continuar utilizando o uniforme produzido em maio até que haja um desfecho oficial. O entrave era o tempo de renovação, já que a empresa tem projetos a médio e longo prazo e bateu o pé diante do cenário proposto. A linha de camisas novas, por exemplo, está pronta para o lançamento, o que aconteceria tão logo houvesse a renovação. Uma fonte ouvida ressaltou que em junho de 2013 as conversas se iniciaram e ainda não houve resposta.

- Esperamos uma posição. Precisamos saber o que o Vasco quer - alega um dos envolvidos.

Depois de uma série de reuniões nos últimos dias, foi traçado que o objetivo da Penalty é brigar para permanecer no Vasco, mesmo com outras alternativas, a partir de 2015. Os grupos políticos do clube tentam evitar que um compromisso longo seja assinado, como prometeu o presidente Roberto Dinamite em reunião do Conselho Deliberativo no dia 16. Acredita-se que é muito mais fáci negociar valores mais altos depois do retorno à Série A e através de outras influências.

A Umbro fez uma oferta que não agradou em um primeiro momento. A marca já esteve em São Januário entre 2003 e 2005, na gestão de Eurico Miranda, e hoje trabalha com Atlético-PR e Náutico entre os principais no país. A Penalty tem a preferência contratual para cobrir a proposta, mas pode escolher se tem interesse em fazê-lo depois do desgastante impasse.

O acordo foi firmado em 2009 por conta de uma dívida de cerca de R$ 8,5 milhões do clube, abatida em dezenas de parcelas. A Puma era a preferida na época. Desde 2011, porém, o contrato é alvo dos poderes do Vasco, que aguardam auditoria prometida. O Conselho Fiscal acredita que, além de itens não cumpridos (como uma loja no Nordeste), um montante alto, previsto em documentos entregues nos balanços realizados pela diretoria, ficaram pendentes. A torcida também comprova, em peso, que quer o fim da relação sob alegação de qualidade baixa do material e preços caros. Um site foi criado para fazer a contagem regressiva até a saída.
 

Fonte: ge