Vasco não teme pressão do "Caldeirão" do Couto Pereira
Os adversários que enfrentam o Coritiba em jogos decisivos dentro do Couto Pereira normalmente sentem na pele a pressão que a torcida alviverde faz. Não bastasse o barulho, são luzes, fumaça, papéis picados... um verdadeiro \"Green Hell\", ou \"Inferno Verde\". Na próxima quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), na final da Copa do Brasil, o Vasco está no papel de visitante mas, ao menos no discurso, não perde o sono na expectativa do que irá ver nas arquibancadas no estádio.
O goleiro Fernando Prass, que conhece bem o papel da torcida do Coxa no Couto Pereira, já que atuou dois anos no Alto da Glória, disse que os jogadores cruz-maltinos estão acostumados com a pressão dos adversários.
- As coisas estão mais civilizadas. Antigamente em alguns estádios tinham algumas coisas inaceitáveis em segurança. O que influi mais hoje em dia é o time da casa se sentir mais forte jogando em seu estádio. Vai estar cheio, um barulho enorme, mas todos aqui estão acostumados com isso.
O técnico Ricardo Gomes concorda com seu capitão. Ele não teme, por exemplo, que aconteça um episódio parecido com o que aconteceu no jogo da queda do Coritiba para a Série B, em 2009, contra o Fluminense. Os torcedores invadiram o gramado e protagonizaram cenas de violência. Após o ocorrido, o Couto Pereira ficou um longo tempo interditado.
- O que aconteceu naquele ano do rebaixamento, quando os torcedores invadiram o campo, foi um episódio isolado. Não tenho outra lembrança parecida no Couto Pereira.
Fernando Prass, ao contrário de Ricardo Gomes, tem boas lembranças de quando defendia a camisa do Coritiba, já que foi bicampeão paranaense em 2003 e 2004. Nesta quarta, no entanto, o Coxa será o obstáculo a ser ultrapassado na tentativa de ficar com o título da Copa do Brasil.
- Em 2003, a final do campeonato foi no Couto Pereira. Classificamos para a Libertadores lá também, ficamos em quinto lugar no Brasileiro. Para mim não tem sabor especial enfrentar o Coritiba. Tenho que encarar como se fosse um adversário qualquer.
No caso do treinador, a curta passagem no clube alviverde, em 2001, não deixou saudades. Depois de maus resultados, ele acabou dando lugar a Ivo Wortmann, que, curiosamente, havia sido o comandante antes dele.
- Foi uma passagem não muito boa. Time era bem limitado e os resultados foram muito fracos. Tivemos uma sequência de derrota.
Como venceu por 1 a 0 o jogo de ida, em São Januário, o Vasco tem a vantagem de empatar e perder por um gol de diferença (desde que faça ao menos um) e ainda assim ficar como título da competição.
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