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Vasco mantém divulgação da Caixa para obter acordo retroativo

As renovações de patrocínios da Caixa Econômica Federal com os clubes enfrentam uma série de complicações. As indicações são de que não haverá reajuste pela inflação, e é possível que os contratos que forem assinados tenham tempo reduzido. Há ainda uma turbulência no setor de marketing do banco federal.

Maior patrocinador do futebol brasileiro, a Caixa investe mais de R$ 100 milhões em camisas de times. Até agora só renovou o acordo com o Corinthians. Há uma compromissos por vencer no meio do ano: Flamengo, Vitória, Sport, Coritiba, Atlético-PR, Avaí, entre outros. Os acordos de Vasco e Figueirense já acabaram. O banco informou que fecha o pacote inteiro no máximo em junho.

“Nosso pessoal já viu a parte burocrática, agora falta uma decisão política da presidência da Caixa de renovar. Sabemos que não haverá reajuste como ocorreu com o Corinthians. E ouvi de outros clubes que pode fechar só até o final de 2015 e não por um ano'', contou o presidente do Sport, João Humberto Martorelli.

Lembre-se que o país enfrenta uma crise e corte de investimentos do governo. A diretoria da Caixa tinha decidido, em fevereiro, que manteria seu investimento em uniformes de clubes. A questão é que, depois disso, não houve uma definição sobre qual o valor a ser gasto nem quais os times seriam renovados. O banco confirmou que essa informação ainda não foi fechada.

Em meio às negociações, o nome do diretor de marketing da Caixa, Clauir Luiz dos Santos, surgiu na operação Lava-Jato da Polícia Federal. Ele que aparece em fotos de assinatura de vários contratos de clubes. A procuradoria diz que o ex-deputado André Vargas, preso, o indicou para o cargo, e depois obtinha contratos vantajosos para familiares no setor.

Em nota, Caixa nega que qualquer de seus funcionários esteja sob investigação. Quem tem tocado as conversas por enquanto é Gerson Bordigmon, superintendente de marketing e que cuida das questões do futebol. Clauir se mantém no cargo, e pode participar. Já os clubes tentam entender o cenário de suas renovações.

“Nosso contrato acaba em maio. Estamos em negociação. Vamos ver se o que eles (Caixa) apresentam é interessante para o clube'', explicou o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.

Os contratos do Figueirense e do Vasco já foram encerrados, e continuam sem renovação. No caso vascaíno, que acabou em 2014, há a questão de falta de CND (Certidão Negativa de Débito). Os times têm mantido a marca da Caixa nos uniformes para obter um acordo retroativo e receber pelos meses em aberto. O banco entende que pode ser feito o mesmo com outros clubes que não fecharem imediatamente.

Fonte: Blog do Rodrigo Mattos - UOL Esportes