Vasco joga com inteligência, faz 4 a 2 e está quase classificado

De um lado, o Atlético Paranaense em má fase. Do outro, o Vasco com uma equipe praticamente reserva, que nunca havia atuado anteriormente. O resultado não poderia ser diferente: pouco futebol, apesar de muita disposição. Nesta quinta-feira, em que a bola não foi muito bem tratada em Curitiba, quem se deu melhor foi o time carioca, que venceu os donos da casa por 4 a 2, no jogo de ida da primeira fase da Copa Sul-Americana. Dinei e Alan Bahia, para o Atlético, e Rubens Junior, Abuda, Andrade e Conca, para o Vasco, marcaram os gols da partida. Com o resultado, o Gigante da Colina confirma a boa fase que vive no Brasileiro e pode perder por até um gol de diferença na partida de volta para conseguir a vaga nas oitavas-de-final da competição internacional.

Assim que a bola rolou na Arena da Baixada, as duas equipes se mostraram cautelosas, dispostas a estudar o adversário. Entretanto, logo o Atlético Paranaense começou a pressionar o Vasco, que entrou em campo com apenas quatro titulares - Silvio Luiz, Jorge Luiz, Júlio Santos e Amaral. O desentrosamento era evidente, considerando o grande número de passes errados. Aos oito minutos, Netinho recebeu bola no segundo pau. O apoiador bateu de primeira e Sílvio Luiz espalmou para escanteio. Na seqüência, Marcelo subiu para cabecear e o camisa 1 vascaíno salvou mais uma vez.

Melhor na partida, o Furacão insistiu nos cruzamentos na área, mas esbarraram na boa defesa do adversário. Quando arriscou uma jogada diferente, o time da casa abriu o placar. Aos 23 minutos, Dinei carregou na intermediária e, de fora de área, arriscou o chute. Slivio, que havia feito boas defesas até então, caiu muito mal na boa e falhou em lance de fácil defesa.

Depois que ficou em vantagem, o Atlético Paranaense passou a tocar mais a bola e diminuiu o ritmo de jogo. O que passou a chamar a atenção em campo foi a grande quantidade de jogadas ríspidas. O clima entre vascaínos e rubro-negros esquentou. O árbitro Wilson Seneme teve dificuldades para conter a violência.

Pagando o preço de ter escalado um time misto, o técnico Celso Roth assistia, da beira do campo, o Vasco ter muitas dificuldades para armar as jogadas, apesar da correira dos jogadores. Foi exatamente na vontade de um deles que o Vasco alcançou o empate. Aos 32 minutos, Rubens Junior não desistiu do ataque e aproveitou o passe de Amaral em direção a Abuda para, livre na grande área, tocar na saída do goleiro Viafara.

O gol animou o Gigante da Colina. O ataque passou a trabalhar melhor a bola e logo a virada aconteceu. Aos 38 minutos, Marcelinho encontrou Abuda na grande área. Após receber belo passe, o atacante bateu com categoria para marcar seu primeiro gol pelo time carioca.

Os dois times voltaram do vestiário para o segundo tempo com objetivos bem claros. Enquanto o time da casa decidiu partir para o ataque, o Vasco passou a jogar mais fechado na defesa, em busca de contra-ataques. Inicialmente a tática deu certo para os dois.

O Atlético levava muito perigo no ataque, com a contribuição do goleiro Sílvio Luiz, muito inseguro. Por outro lado, o time de São Januário explorava bem os espaços da defesa adversária. Em um dos contra-golpes em velocidade, Enílton sofreu falta bem da entrada da grande área. Andrade, aos 20 minutos, acertou bela cobrança no canto direito do gol paranaense.

A partida continuou movimentada e os 5.000 pagantes na Arena puderam assistir a mais dois gols. Aos, 34, Conca cortou bem para o meio-de-campo e bateu bem para fazer o quato gol dos vascaínos. Aos 41 minutos, Alan Bahia aproveitou rebote de Silvio Luiz depois de cobrança de falta de Ramon e descontou para os donos da casa.